Não é segredo que a água termal é curinga quando o assunto é cuidado da pele. Além de acalmar irritações, diminuir uma possível vermelhidão e hidratar a pele, o produto ainda é capaz de refrescar o rosto com o uso contínuo ao longo do dia. Mas, muita gente defende que, além de tudo isso, ela ainda é ótima para o tratamento da dermatite atópica. Será que isso é verdade? Para descobrir, o DermaClub entrevistou a dermatologista Betina Stefanello, do Rio de Janeiro. Veja só!
Porque a água termal é tão benéfica para a pele?
Muita gente se questiona por que motivo a água pode fazer tanta diferença na pele. Segundo a dermatologista, isso acontece porque a água termal é extremamente rica em minerais e que, por isso, tenha um poder calmante. “Existem muitos estudos franceses mostrando os benefícios destas águas, especialmente as das estações termais na França”, acrescentou.
O que é a dermatite atópica?
A dermatite atópica é uma doença genética crônica frequente na pele seca, se manifestando com manchas esbranquiçadas, coceira, vermelhidão e aspereza. De acordo com a Dra. Betina, a atopia é muito comum em crianças e também em quem tem problemas respiratórios como alergias, bronquite, rinite, asma, entre outros. Além disso, “acredita-se que o paciente tem falta de uma substância chamada filagrina, que é uma proteína de proteção da barreira cutânea. Por isso, a pele fica seca”, explicou a médica.
A água termal realmente ajuda no tratamento da dermatite atópica?
Sim! As estações termais na França são especializadas no tratamento de doenças de pele como a dermatite atópica, bem como a psoríase ou o eritema. No entanto, a Dra. Betina adverte que é diferente de usar a água termal engarrafada. “É completamente diferente você aplicar água termal num paciente com dermatite atópica ou imergi-lo nessa água”. Mas a dermatologista ainda defende o uso do produto engarrafado para o problema. “Ela tem um excelente poder calmante, isso é inegável e vemo-lo muito bem na prática. Acredito que a água termal engarrafada é uma excelente opção para a prevenção das crises de dermatite atópica ou até para o seu tratamento numa fase mais branda”, acrescentou.
*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Publicada em: 18 de Setembro de 2018
Modificada em: 21 de Julho de 2021

Palavra do Dermatologista
Dra. Betina Stefanello
CRM: 52-913715
Médica graduada pela Universidade Federal De Santa Catarina, pós-graduação em dermatologia pelo Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay Da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro. Título de especialista de dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia - SBD. Internship in Skin Cancer in Santa Maria Nuova Reggio Emilia e dermatology in Hôpital L’arche in Nice. Chefe do setor de Cosmiatria do Instituto de Dermatologia Professor Rubem David Azulay. Sócia da Clínica de Dermatologia Les Peaux no Rio de Janeiro. Autora de diversos artigos e capítulos de livro na área de Cosmiatria.
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