Você tem cabelo oleoso? Além da pele, a oleosidade pode tomar conta de outras áreas do nosso corpo, como, por exemplo, os fios. Quem tem o couro cabeludo muito oleoso pode desenvolver diversos problemas na região - desde o surgimento de caspa até o aspecto pesado e sujo das madeixas. Quer saber como acabar com esse problema? O DermaClub conversou com a dermatologista Lilia Guadanhim, de São Paulo, que esclareceu alguns cuidados para evitar a migração de óleo para a fibra capilar.
Entenda de que maneira a oleosidade do cabelo é produzida
De acordo com a médica, o sebo da pele e do couro cabeludo são produzidos pela glândula sebácea - parte da unidade pilo-sebácea - juntamente com o pelo e o músculo piloeretor. “O couro cabeludo é uma área propensa à oleosidade porque é extremamente rico em glândulas sebáceas. Assim, a oleosidade excessiva - ou seborreia - acontece em indivíduos predispostos, e acomete até 30% da população geral”, esclareceu.
O que o excesso de oleosidade pode causar ao seu cabelo?
Quando não é tratado, o excesso de oleosidade pode desencadear uma porção de problemas, como, por exemplo, um quadro de dermatite seborreica, no qual a pessoa percebe uma vermelhidão e sente muita coceira acompanhada de descamação de flocos brancos no couro cabeludo - caspa. “A doença gera um grande impacto na qualidade de vida dos pacientes por conta da vontade de coçar a cabeça e principalmente pela descamação”. Além deste incômodo, o excesso de oleosidade pode migrar para os fios e deixar a região com aspecto pesado e sujo.
Cuidados que limitam a migração da oleosidade para a fibra capilar
O cabelo precisa e deve ter uma oleosidade natural para manter os fios hidratados e longe do ressecamento. Mas quando essa quantidade de óleo se torna excessiva, acaba causando problemas de um modo geral - da raiz até as pontas. “Por isso, devemos limitar essa migração de oleosidade para a fibra capilar fazendo um bom controle do quadro de base, que pode ser feito com o uso de shampoos com ativos seborreguladores”, indicou. Em casos agudos, o uso de corticoides tópicos deve ser receitado pelo médico dermatologista.
*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Publicada em: 27 de Fevereiro de 2018
Modificada em: 23 de Maio de 2019

Palavra do Dermatologista
Dra. Lilia Guadanhim
CRM: 133850
Formação em Medicina, Residência Médica em Dermatologia e Especialização em Cosmiatria pela Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo. Possui título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e Associação Médica Brasileira, além de ser membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da International Dermoscopy Society. Tem especializações em Cosmiatria - Toxina Botulínica e Preenchimento na França e Dermatoscopia - Oncologia Cutânea na Itália. É médica colaboradora da Unidade de Cosmiatria da Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo.
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