A caspa é o nome que damos à descamação do couro cabeludo e que faz parte do quadro inflamatório da dermatite seborreica. Além de causar muito incômodo e afetar diretamente a sua saúde e bem-estar, será que esses flocos brancos podem também originar a queda de cabelo? Para esclarecer a questão o DermaClub conversou com a dermatologista Lilia Guadanhim, de São Paulo, que também listou alguns cuidados sobre como controlar o problema. Confira!
O que pode motivar a caspa?
De acordo com a médica, a caspa acontece devido à alteração da quantidade e composição de sebo do couro cabeludo. “Trata-se da dermatite seborreica, uma doença crônica que evolui em períodos de melhora e piora, e tem como sinais e sintomas a descamação do couro cabeludo, vermelhidão e coceira. Além disso, o quadro tende a piorar em momentos de estresse e também em mudanças extremas de temperatura”, explicou.
A caspa pode causar a queda de cabelo?
Segundo a Dra. Lilia, a dermatite seborreica pode, sim, causar a queda dos fios e isso se deve ao quadro inflamatório do couro cabeludo. “Muitas vezes observamos também que pacientes que já sofrem de queda capilar têm receio de lavar os cabelos e acabam tendo uma piora do quadro de caspa e a perda dos fios se agrava ainda mais”, atentou.
Caspa tem cura? Saiba como prevenir a queda dos fios
Por ser uma doença crônica, a dermatite seborreica não tem cura. Mas existem várias opções de tratamento que podem controlar o problema e prevenir a queda dos fios. A dermatologista indica algumas medidas:
- Evite usar água muito quente para lavar o couro cabeludo;
- Lave os cabelos, no mínimo, 3 vezes por semana;
- Aposte em shampoos com ativos seborreguladores, como a piroctona olamina e ácido salicílico;
- Ao lavar os cabelos com shampoo anticaspa, deixe a espuma do produto agindo, de 3 a 5 minutos antes de enxaguar;
- Use o condicionador apenas no comprimento do cabelo, evitando o couro cabeludo;
- Para quadros leves, a médica indica corticoides tópicos e loções seborreguladores para controlar a caspa e outros sintomas;
- Já os casos graves podem ser tratados com medicações orais, desde probióticos até retinóides.
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*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Publicada em: 25 de Abril de 2018
Modificada em: 21 de Julho de 2021

Palavra do Dermatologista
Dra. Lilia Guadanhim
CRM: 133850
Formação em Medicina, Residência Médica em Dermatologia e Especialização em Cosmiatria pela Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo. Possui título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e Associação Médica Brasileira, além de ser membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da International Dermoscopy Society. Tem especializações em Cosmiatria - Toxina Botulínica e Preenchimento na França e Dermatoscopia - Oncologia Cutânea na Itália. É médica colaboradora da Unidade de Cosmiatria da Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo.
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