Após fazer uma bateria de exames, veio o diagnóstico: câncer de mama. Receber essa notícia é, de fato, um choque. Nesse momento, você é tomada por um turbilhão de emoções e, logo após a descoberta, é importante começar todo o tratamento o mais rápido possível - que envolve radioterapia, quimio e a mastectomia. Assim, começa a batalha contra o câncer!
É necessário entender que ao longo dessa trajetória, todo o seu organismo acaba sendo afetado pela terapia. Por isso, é tão importante cuidar de cada detalhe do seu corpo, inclusive da pele. Além de deixar a região mais saudável e evitar problemas durante o tratamento, manter uma rotina de skincare específica ajuda a melhorar a qualidade de vida e pode contribuir para levantar a sua autoestima.
Para te ajudar nesse momento, o DermaClub conversou com o oncologista Felipe Ades que explicou como a pele é afetada pelo tratamento e como o cuidado com a pele pode ser um forte aliado na luta contra o câncer de mama. Veja só!
Por que a pele é afetada pelo tratamento do câncer de mama?
Durante o tratamento do câncer de mama, a pele pode ser afetada de diversas maneiras por conta dos remédios usados para realizar a quimioterapia. “Sabemos que esses medicamentos matam as células cancerígenas que crescem rapidamente, o que acaba tornando a pele mais frágil. Dependendo do tratamento, as unhas também podem mudar de pigmentação ou ficar com um aspecto quebradiço, como é o exemplo da quimioterapia vermelha e da branca”, esclareceu o oncologista.
Os remédios também deixam a pele fotossensibilizada. “Se a paciente ficar muito tempo exposta ao sol sem protetor solar, é possível que tenha mais chances de desenvolver uma queimadura”. Além da químio, o Dr. Felipe ressalta que a radioterapia é outro procedimento capaz de causar efeitos adversos: “Por ser um tratamento local que emite a radiação na mama que foi operada, acaba gerando vermelhidão e manchas”.
É normal ter efeitos adversos na pele durante o tratamento do câncer de mama?
O tratamento do câncer, seja ele qual for, pode apresentar efeitos adversos na pele do paciente, que vão desde o ressecamento, coceira, vermelhidão e espessamento da pele em algumas regiões. De certa forma, são sintomas comuns dos medicamentos que o organismo recebe, mas que podem ser controlados quando a paciente é acompanhada por um especialista no assunto, como explica o oncologista:
“Obviamente a pele sente os efeitos dos remédios, mas se mantiver os cuidados, como a hidratação, aplicar o protetor solar e tiver um dermatologista para acompanhar o tratamento, as chances de ter algum problema agravante é muito pequena”.
O uso de dermocosméticos pode atrapalhar o tratamento da radioterapia?
Não exatamente. Se a pele tiver vestígios de creme durante a radioterapia, isso pode ajudar a causar algum dano à região tratada, como uma queimadura. Para evitar que o seu corpo não sofra tanto com as sessões, é importante que a pele esteja limpa, sem nenhum tipo de produto ao realizar a radioterapia. Por outro lado, é fundamental que, nos dias anteriores e seguintes do procedimento, a pele esteja muito bem hidratada e fortalecida para receber esse tipo de tratamento.
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*Os dermatologistas especialistas e oncologistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Publicada em: 19 de Novembro de 2020
Modificada em: 21 de Julho de 2021
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