A sua pele está irritada? Fique de olho, pois esse pode ser o efeito colateral de algum produto que você incluiu há pouco tempo na rotina de skincare! Muitas substâncias causam esse problema na pele, especialmente os ácidos com poder descamativo em altas concentrações. Mas qual é a melhor forma de evitar essa irritação e continuar usando o ácido normalmente no ritual de beleza? O DermaClub conversou com a dermatologista Carolina Marçon, que esclareceu a dúvida.
Os ácidos podem causar irritações na pele? Entenda porque isso acontece
Existem vários tipos de ácidos, mas alguns são mais irritativos que outros - um exemplo é o ácido retinóico, em concentrações muito elevadas. De acordo com a médica, ele tem uma ação mais direta: “Desencadeando inflamações, causando ressecamento e alterando a função de barreira cutânea”, explicou. Com isso, a pele tem uma perda transepidérmica, que acontece de uma forma muito rápida, deixando o rosto ressecado e reativo a outros produtos que são aplicados em seguida.
Para esclarecer melhor, Drª Carolina detalhou a seguinte situação: “Você aplica um ácido e no dia seguinte já vê que a sua pele mudou, com uma textura mais fina e toque sensível. Com isso, no momento em que você aplicar um creme hidratante ou um tratamento, o produto vai deixar a região mais irritada”.
Todos os ácidos deixam a pele sensível?
Com uma concentração muito alta, vários ácidos - especialmente o retinóico e seus derivados -, podem desencadear essa reação na pele, principalmente em quem já sofre com a sensibilidade. Já os ácidos de fruta, por exemplo, têm menos chances de causar algum efeito colateral, mas não exclui a possibilidade de irritar o rosto. Sendo assim, a dermatologista resume: “Existem vários tipos de ácidos renovadores e todos eles podem causar um impacto reativo”.
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Quais são os cuidados para evitar essa irritação?
Para evitar esses problemas, a solução é fazer uma receita combinada. “Geralmente, utilizamos produtos que possuem ácidos e substâncias que vão fazer a reparação de barreira ou que têm uma atividade mais anti-inflamatória e calmante para balancear essa irritação”.
No entanto, ao usar um ácido que não tem essa combinação - sempre recomendado pelo dermatologista, claro -, o ideal é alternar o seu uso ou aplicar um hidratante prebiótico como o próximo passo da rotina. Além disso, não deixe de usar o protetor solar. Lembre-se que essas substâncias deixam a pele mais fotossensível e o uso do filtro evita a irritação causada pelo sol.
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*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Publicada em: 13 de Agosto de 2021
Modificada em: 20 de Junho de 2022

Palavra do Dermatologista
Dra. Carolina Reato Marçon
CRM: 113.379
Especialização em Clínica Médica e Dermatologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Médica Colaboradora do Setor de Dermatologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Coordenadora do Programa Pró-Albino; Fellowship em Cosmiatria - Dr. Zoe Draelos, Carolina do Norte - EUA; Fellowship em Tricologia - Universidade de Bolonha, Itália - Prof. Antonella Tosti; Fellowship em Dermatoscopia e Microscopia Confocal - Universidade de Modena / Reggio Emilia, Itália; Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Academia Americana de Dermatologia e do Colégio Ibero-Latinoamericano de Dermatologia
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