Muito além dos procedimentos estéticos, como o próprio peeling, os ácidos também podem ser usados na rotina caseira de skincare. Dependendo do seu tipo, essas substâncias são perfeitas para ajudar no tratamento de manchas de pele, como o melasma, cicatrizes de acne e até mesmo para amenizar linhas de expressão e rugas. Mas quais são as regras para incluir esse cuidado no seu dia a dia? O DermaClub entrevistou a dermatologista Lilia Guadanhim, que revelou as 5 principais. Veja só!
1- Escolha o produto certo para tratar suas necessidades
Os ácidos promovem muitos benefícios à pele - desde melhorar a textura até tratar as rugas mais profundas. Se você quer descobrir o melhor ácido para o seu caso, é importante conhecer os principais tipos. A Drª Lilia apresentou alguns:
Tretinoína (ácido retinóico na sua forma pura): excelente anti-idade, ótimo para textura, estimula a produção de colágeno, melhorar linhas finas e manchas superficiais.
Retinol: derivado do ácido retinóico, traz os benefícios da tretinoína com um potencial de irritação muito menor.
Ácido glicólico: promove renovação celular, melhora de textura, manchas superficiais e linhas finas, também é interessante para pele com tendência à acne, principalmente comedões (cravos).
Ácido azelaico: ótima opção para tratamento de acne, em especial em mulheres adultas, também promove o clareamento da pele.
Ácido hialurônico: ativo não irritante, que tem papel importante na hidratação da pele, na melhora de linhas finas e da densidade e firmeza da pele.
A dermatologista alerta: “Os tratamentos com ácidos são ótimos, mas não devem ser feitos sem a orientação de um médico dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Só um especialista é capaz de definir qual ácido é melhor para a sua pele”.
2- Alterne os dias de uso até a sua pele se acostumar
Essa é uma ótima alternativa para melhorar a tolerância da pele aos ácidos. Apesar de serem excelentes para o tratamento da pele, muitas vezes os ácidos podem causar irritação, descamação, vermelhidão e sensibilidade. Por isso, a dermatologista indica: “ No início, o uso deve ser feito em dias alternados (ou até com frequência menor em alguns casos)”. Se tiver irritação, suspenda o uso temporariamente da substância e entre em contato com seu dermatologista!
3- Se sua pele for sensível, use ácidos com muito cuidado!
Há quem diga que a pele sensível não pode fazer uso de ácidos, mas não é bem assim. A especialista conta que a substância também é indicada para quem tem a região reativa, mas, nesses casos, o cuidado deve ser redobrado!
“Em momentos em que a pele está sensibilizada, é melhor iniciar com estratégias para reparar a barreira cutânea para depois partir para o uso de ácidos. Os ácidos podem, sim, ser usados sob orientação médica, e vale a pena escolher produtos com potencial de irritação menor e com textura mais hidratante”, indicou.
4- Use um hidratante após aplicar o ácido
Os hidratantes reparam a barreira da pele e melhoram muito a tolerância dos próximos passos da rotina de skincare, como o uso de ácidos. Sendo assim, após aplicar o tratamento e esse ser totalmente absorvido, passe um hidratante específico para a sua pele - deste modo, o rosto não vai sofrer tanto com a sensibilidade e irritações.
5- Não use ácidos de dia sem protetor solar
Os ácidos podem deixar a pele mais sensível e a exposição ao sol sem a proteção adequada pode levar ao surgimento de manchas. Deste modo, a Drª Lilia explica: “O uso de ácidos é permitido no verão, desde que sua pele não esteja sensível e que ela fique bem protegida do sol”.
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*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Publicada em: 16 de Novembro de 2020
Modificada em: 16 de Novembro de 2020

Palavra do Dermatologista
Dra. Lilia Guadanhim
CRM: 133850
Formação em Medicina, Residência Médica em Dermatologia e Especialização em Cosmiatria pela Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo. Possui título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e Associação Médica Brasileira, além de ser membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da International Dermoscopy Society. Tem especializações em Cosmiatria - Toxina Botulínica e Preenchimento na França e Dermatoscopia - Oncologia Cutânea na Itália. É médica colaboradora da Unidade de Cosmiatria da Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo.
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