Não é novidade que o cigarro é um vilão para a saúde. Mas você sabia que a nicotina também atrapalha o funcionamento natural da pele e é facilitadora para alguns tipos de câncer? Porém, é possível minimizar esses efeitos mudando alguns hábitos. A dermatologista Juliana Jordão, de Curitiba, falou com exclusividade para o DermaClub sobre o assunto e concedeu dicas pra quem deseja melhorar as qualidades estéticas e de vida atingidas pelos males do tabagismo. Confira!
Dra. Juliana Jordão explica quais são os perigos do cigarro para a saúde
Não é novidade que o tabagismo afeta a saúde. A médica Juliana listou os principais malefícios para a cútis causados pelo uso contínuo do cigarro.
- É comum notar em fumantes o envelhecimento precoce. Isso acontece porque a nicotina atrapalha na produção natural de colágeno, responsável pela firmeza da cútis;
- Percebe-se uma mudança na tonalidade da pele, que se torna acinzentada com o passar dos anos;
- Os poros se tornam mais dilatados e com cravos mais aparentes.
Mas não são apenas os aspectos estéticos que sofrem influência do tabaco. “O cigarro é um importante fator de risco para alguns tipos de câncer de pele. Isso ocorre porque ele promove mutações no DNA celular”, explicou.
Interromper o tabagismo previne o agravamento dos quadros
De acordo com a médica, as alterações proporcionadas pelo cigarro, em geral, são irreversíveis. Porém, a interrupção do tabagismo previne novas mutações e evita que a produção de colágeno continue a ser reduzida além do normal. Para melhorar o aspecto envelhecido, a intervenção com tratamentos dermatológicos são de grande ajuda, mas os resultados podem demorar a aparecer. “É importante ressaltar que o efeito da interrupção do tabagismo na pele não é imediato”, alertou.
Saiba como amenizar os efeitos causados pelo cigarro
A sugestão da Dra. Juliana Jordão para quem deseja melhorar a qualidade da pele de quem fuma é o uso de cremes à base de ácido retinóico, hialurônico e antioxidantes, como a vitamina C. Já como procedimentos, podem ser feitas aplicações de toxina botulínica e preenchimentos para a atenuação de linhas de expressão. Se o foco é reduzir manchas, o mais indicado é a luz pulsada. “Tratamentos com laser para estimular a produção de colágeno e peelings agressivos não são recomendados, pois eles trazem pouco benefício ao paciente devido à baixa capacidade de produção de colágeno”, alertou.
*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Publicada em: 09 de Setembro de 2015
Modificada em: 22 de Julho de 2021

Palavra do Dermatologista
Dra. Juliana Jordão
CRM: 23783
Graduada pela Faculdade Evangélica do Paraná e especialista em dermatologia pelo Hospital Universitário Evangélico de Curitiba e em Clinical Fellowship em Laserterapia na Bélgica. É membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica. Atualmente ministrando aulas de Laserterapia e Cosmiatria nos Congressos Brasileiro de Dermatologia, de Cirurgia Dermatológica, Simpósio Anual de Cosmiatria e Laser, entre outros. Além de aplicar treinamento em Fotodermatologia para outros médicos dermatologistas em diversas cidades do Brasil.
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