Na rotina de cuidados com a pele, o desodorante é um item de higiene essencial. Além de combaterem o mau odor, muitos têm ação antitranspirante, controlando a produção de suor. No entanto, existe a ideia de que este tipo de produto faz mal à saúde: enquanto uns defendem que eles podem causar câncer, outros acreditam que ele pode provocar sensibilidade nas axilas. Para entender um pouco mais sobre o assunto, o DermaClub entrevistou a dermatologista Carolina Marçon, de São Paulo. Entenda!
Desodorantes antitranspirantes tradicionais atuam na inibição da transpiração
Segundo a dermatologista, a transpiração é composta por dois fatores: o suor e o mau-cheiro. “Na sudorese, que é a transpiração, temos a hiperidrose, ou seja, o excesso de suor, e a participação das bactérias, que fazem uma metabolização desse suor causando o mau odor, chamado de bromidrose”, explicou a médica. Os desodorantes comuns podem atuar nessas duas frentes ou em apenas uma delas - no caso dos antitranspirantes, o que acontece é uma inibição da glândula sudorípara. “Os antitranspirantes são substâncias presentes nos desodorantes que têm essa capacidade de diminuir, ou seja, inibir a produção de suor, minimizando a sudorese”, afirmou.
Alumínio é a principal substância antitranspirante presente nos desodorantes, e pode ter potencial irritativo
Para que aconteça essa inibição do suor, é necessário que existam componentes que ajam com esse intuito. Segundo a dermatologista, o principal deles é o alumínio. “O cloreto de alumínio tem esse potencial e está presente na maioria dos desodorantes antitranspirantes”, afirmou. O que acontece é que, dependendo da concentração, esse ingrediente pode causar sensibilidade na pele e até problemas como a dermatite. “Algumas pessoas não conseguem tolerar essas concentrações, criando uma irritação na pele ou uma dermatite de contato”, concluiu a médica.
A melhor alternativa são os desodorantes com ingredientes que absorvem a umidade
Para escolher o melhor desodorante, a dica é optar por fórmulas que contenham ativos que absorvam a transpiração. “Substâncias como o óxido de magnésio são uma excelente opção, uma vez que têm a capacidade de absorver a umidade da pele sem inibir a produção da glândula sudorípara. A dica, então, é procurar utilizar substâncias que sejam efetivas em concentrações adequadas, testadas dermatologicamente e tenham menor potencial irritativo”, finalizou a Dra. Carolina.
Dermatologista:
Drª. Carolina Reato Marçon // CRM: 113.379
Dra. Carolina Marçon é fez sua especialização em Clínica Médica pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e em Dermatologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Possui título de Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Associação Médica Brasileira (AMB). Especialização em Dermatoscopia e Oncologia Cutânea no Hospital AC Camargo. Membro Titular da American Academy of Dermatology (AAD). Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Coordenadora do Programa Pró-Albino - Santa Casa de Misericórdia de São Paulo/SBD.
*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Publicada em: 20 de Dezembro de 2018
Modificada em: 23 de Julho de 2021

Palavra do Dermatologista
Dra. Carolina Reato Marçon
CRM: 113.379
Especialização em Clínica Médica e Dermatologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Médica Colaboradora do Setor de Dermatologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Coordenadora do Programa Pró-Albino; Fellowship em Cosmiatria - Dr. Zoe Draelos, Carolina do Norte - EUA; Fellowship em Tricologia - Universidade de Bolonha, Itália - Prof. Antonella Tosti; Fellowship em Dermatoscopia e Microscopia Confocal - Universidade de Modena / Reggio Emilia, Itália; Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Academia Americana de Dermatologia e do Colégio Ibero-Latinoamericano de Dermatologia
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