Você sabia que a COVID-19 também pode provocar o surgimento de manchas no corpo? A cada dia que passa, novos sintomas da doença são descobertos. Além da tosse seca, falta de ar e uma febre alta que não passa, o coronavírus também pode se manifestar na pele, por exemplo. Nela, os efeitos vão desde coceira a manchas e bolinhas vermelhas no corpo.
Para esclarecer melhor as manchas no corpo e outras manifestações do vírus, o DermaClub conversou com a dermatologista Dra. Daniela Antelo, que indicou também as medidas para tratar essas lesões cutâneas.
Quais são os sintomas da COVID-19?
Segundo o Ministério da Saúde, alguns dos principais sintomas de COVID-19 são:
- Tosse;
- Febre persistente;
- Dor de garganta;
- Dor no corpo (mialgia);
- Diarreia;
- Coriza;
- Calafrios;
- Dor de cabeça (cefaleia);
- Perda do olfato e paladar.
Segundo a médica, outros sinais raros que podem acontecer: “Manifestações cardiológicas e neurológicas foram também descritas. Além de dificuldade para respirar, dor ou pressão no peito”.
A COVID-19 também pode afetar a pele?
Infecções virais também podem manifestar indícios na pele, entre eles: manchas vermelhas, ressecamento, textura áspera e coceira. As doenças mais conhecidas que causam esses sinais são dengue, Zika, Chikungunya, sarampo, catapora, mononucleose e, agora, a COVID-19. “A infecção pelo novo coronavírus, de forma semelhante à diversidade de seus sintomas clínicos, cursa com uma variedade de manifestações cutâneas”, revelou a especialista. Entenda esses efeitos:
1) Manchas vermelhas com ou sem bolinhas é a manifestação mais frequente;
2) Manchas vermelhas no tronco, em formato de moeda ou medalhão, que apresentam centro claro e escamas na periferia;
3) Lesões parecidas com a catapora bolinhas pequenas de água que se rompem deixando uma crosta ou casquinha;
4) Coceira pode estar presente ou não nas apresentações acima descritas;
5) Lesões vermelhas nas extremidades, nos pés ou mãos;
6) Quadro de urticária que pode aparecer antes ou durante os sintomas clínicos sistêmicos;
7) Nos quadros graves, em pacientes hospitalizados, se observam lesões arroxeadas ou avermelhadas indicando dificuldade de perfusão (insuficiência circulatória e isquemia).
Dra. Daniela ainda revela alguns dados importantes: “Os estudos indicam que a pele pode estar acometida em até 20% dos casos. O fato é que ainda são necessários mais estudos para saber o percentual exato de acometimento e é possível que eles variem de acordo com a população do país estudado”.
Como tratar os sintomas da COVID-19 na pele?
Os cuidados vão depender da manifestação cutânea que for apresentada. “De forma geral, será o tratamento da doença de base e a melhora global da infecção”, esclareceu. Em alguns casos, podem ser usados cremes hidratantes com propriedades calmantes ou anti-pruriginosos e anti-histamínicos orais.
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Veja como os dermatologistas têm trabalhado para controlar esses problemas nos pacientes com COVID-19:
A telemedicina já se tornou realidade no Brasil, especialmente em meio à pandemia da COVID-19. “Os dermatologistas têm utilizado esta ferramenta para detectar as alterações que normalmente acompanham os sintomas sistêmicos ou que podem ocorrer de forma isolada. A telemedicina permitiu o contato com os pacientes que neste momento se encontram confinados e em quarentena”, declarou a dermatologista.
*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Publicada em: 24 de Março de 2020
Modificada em: 28 de Setembro de 2021

Palavra do Dermatologista
Dra. Daniela Antelo
CRM: 52.68612-3
Dra. Daniela Antelo é Professora Adjunta de Dermatologia do Hospital Pedro Ernesto da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, onde coordena o ambulatório de Dermatologia Cosmética. Formada pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde concluiu sua tese de Mestrado e Doutorado sobre Vitiligo. É Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, membro do Grupo Brasileiro de Melanoma, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica, da American Academy of Dermatology e da International Academy of Cosmetic Dermatology.
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