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Você se incomoda com a quantidade de pelos no seu corpo e quer dar um fim neles de uma vez por todas? Nesse caso, bem pode ir desistindo de se depilar com lâmina, cera ou máquina: o melhor jeito para remover os pelinhos de vez é fazendo depilação a laser! Para esclarecer todas a dúvidas sobre o assunto, o DermaClub conversou com a dermatologista Carolina Marçon, de São Paulo, que contou como o tratamento funciona, se mancha ou não a pele e se elimina os pelos definitivamente. Confira nosso guia completo de depilação a laser:
1. Como funciona a técnica de depilação a laser?
A médica explica que, hoje em dia, com o avanço dos estudos dermatológicos, essa depilação pode ser feita com diferentes tipos de aparelhos, os mais conhecidos são o laser de iodo e a luz intensa pulsada. “Ambos possuem a mesma função de destruir o folículo através do seu pigmento”, garantiu.
2. A depilação a laser é um procedimento definitivo?
De acordo com a Drª Carolina, a depilação a laser é uma técnica parcialmente definitiva. Isso porque os aparelhos conseguem destruir até 90% dos pelos, já que existe sempre um ou outro folículo remanescente. A profissional esclarece o motivo: “As áreas com pelo, possuem uma grande influência hormonal. Então, pode ser que alguns cresçam novamente, mas em uma quantidade muito inferior e com a textura bem mais fina do que a original”.
3. Por que, em alguns casos, muitas pessoas reclamam que mesmo após várias sessões de depilação a laser, os pelos continuam nascendo?
O fator hormonal é o principal responsável pelo reaparecimento dos pelos. Entretanto, a dermatologista reforça que existem outros motivos para que isso aconteça. “Realizar o procedimento de forma errada ou usar o aparelho com baixa intensidade ao invés de causar a eliminação do folículo, pode estimular o seu crescimento”, atentou. Por isso é tão importante realizar qualquer tratamento dermatológico ou estético com um profissional especializado.
4. Depilação a laser dói? Existem lugares específicos que doem mais?
Dói sim, mas é uma dorzinha completamente suportável! O laser de iodo é o que mais causa esse incômodo, por outro lado, existem aparelhos com uma tecnologia personalizada que envolvem ultrassom e tornam a técnica um pouco menos dolorosa.
A especialista anima os pacientes e conta que existem algumas maneiras de amenizar o sofrimento durante a técnica: “O uso de anestésico tópico, gelo ou até a utilização de um aparelho que emite um ar refrescante na hora da depilação ajudam a disfarçar a dor do laser”. Entretanto, existem algumas áreas específicas que, querendo ou não, acabam sendo mais impactadas com esse procedimento, como é o caso da virilha, a parte interna da perna, o rosto e as axilas.
Carolina também alerta que existem algumas épocas em que é melhor evitar fazer a depilação a laser: “No período pré-menstrual, em que as mulheres costumam ter 30% da sensibilidade da pele aumentada, e após noites mal dormidas, que também costumam influenciar nesse aspecto”, apontou.
5. Depilação a laser pode causar manchas, principalmente na pele negra?
Existe um risco grande da depilação a laser causar manchas e esse alerta vale principalmente para as pacientes com a pele negra. Graças à boa tecnologia, atualmente alguns aparelhos são mais seguros e indicados aos fototipos elevados, mas, mesmo assim, o profissional deve ter muito cuidado e atenção enquanto estiver fazendo o procedimento! “O próprio aquecimento da pele que possui uma tendência maior a manchas - ou seja, com alta quantidade de melanina -, pode gerar o processo de hiperpigmentação” - as temidas manchinhas.
Alertas importantes: o paciente que estiver com a pele bronzeada não pode, de jeito nenhum, fazer depilação a laser! Já quem tem a pele negra, deve fazer com um aparelho específico e profissional especializado para evitar a formação de manchas.
6. Se a mancha ocorrer, qual o melhor tratamento?
Se mesmo assim você notar uma mancha após a depilação, você pode clareá-la usando alguns produtos com ativos clareadores, como o ácido glicólico, ácido retinóico e ácido kójico. Antes de qualquer coisa, é essencial ir ao dermatologista para descobrir o melhor tratamento para a sua pele. Em muitos casos, se você usar um dermocosmético por conta própria, ao invés de remover as marcas, acaba agravando e escurecendo mais ainda essa lesão.
Além do uso de produtos, a dermatologista também indica tratamentos clínicos com laser para eliminar esses incômodos.
7. Como preparar a pele para a sessão?
- Interromper o uso de tratamentos com ácidos cinco dias antes do procedimento;
- Manter a pele bem hidratada;
- Depilar a região dois ou três dias antes. O ideal é que o pelo esteja bem curtinho para fazer o procedimento a laser. Além de amenizar a dor, essa medida colabora para que a técnica seja feita de forma mais rápida e eficiente.
8. Como cuidar da pele após a sessão?
- Usar água termal;
- Abusar dos cremes e produtos reparadores, que ajudam a cicatrizar a pele;
- Evitar o uso de roupas apertadas;
- Não frequentar nenhum ambiente que possa aumentar o risco contaminação, como piscina ou praia;
- Não tomar sol na região tratada;
- Usar um filtro solar com FPS acima de 50 para evitar manchas na pele em regiões expostas.
*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Publicada em: 26 de Junho de 2019
Modificada em: 09 de Junho de 2022

Palavra do Dermatologista
Dra. Carolina Reato Marçon
CRM: 113.379
Especialização em Clínica Médica e Dermatologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Médica Colaboradora do Setor de Dermatologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Coordenadora do Programa Pró-Albino; Fellowship em Cosmiatria - Dr. Zoe Draelos, Carolina do Norte - EUA; Fellowship em Tricologia - Universidade de Bolonha, Itália - Prof. Antonella Tosti; Fellowship em Dermatoscopia e Microscopia Confocal - Universidade de Modena / Reggio Emilia, Itália; Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Academia Americana de Dermatologia e do Colégio Ibero-Latinoamericano de Dermatologia
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