A limpeza de pele é um dos serviços mais buscados em consultórios dermatológicos, já que, além de realizar uma higiene bem caprichada, traz outros benefícios para o rosto como a remoção das células mortas, extração de cravos e tratamento hidratante com máscara facial. A técnica deixa a pele renovada, lisinha e bem saudável. O DermaClub conversou com a dermatologista Flávia Ravelli, que explicou as vantagens do tratamento, a indicação, a periodicidade ideal e como prolongar o resultado.
O que é limpeza de pele? Entenda os benefícios
A limpeza de pele é um procedimento estético realizado no consultório dermatológico, que tem o objetivo de remover impurezas do rosto. “Nesse ritual, a especialista ajuda a remover resquícios de maquiagem, poluição ou sujeira do dia a dia, que causam a produção de radicais livres. Quando esses resíduos são acumulados, eles podem causar o envelhecimento da pele, a obstrução dos poros e, consequentemente, o desenvolvimento da acne”, explicou a médica.
Além disso, o tratamento também ajuda a remover cravos abertos - pontos pretos -, fechados - pontos brancos -, miliuns - pequenos cistos salientes de cor branca amarelada - e as células mortas da pele.
Passo a passo: como fazer limpeza de pele
A maioria das limpezas de pele seguem um passo a passo com etapas bem definidas, e a sessão dura, em média, uma hora. Conheça os passos do procedimento:
1º passo: Assepsia) a pele é higienizada com loções de limpeza desengordurantes com o objetivo de remover maquiagem, cosméticos e até mesmo impurezas decorrentes da poluição e oleosidade;
2º passo: Esfoliação) é feita a aplicação de produtos específicos com efeito abrasivo para promover um afinamento da camada mais superficial, facilitando a extração de cravos e acnes que não estejam inflamadas;
3º passo: Extração) essa é a etapa mais longa da limpeza. A pele é submetida a um vapor com ozônio, que tem como finalidade abrir os poros, facilitando a drenagem, sempre manual e cuidadosa. Após o tempo necessário, é aplicado apenas o vapor de água sobre a pele, coberta por uma fina camada de algodão embebido em um produto emoliente. Os cravos são espremidos com os dedos ou com a ajuda de uma microagulha. A extração deve ser feita delicadamente e devagar de forma que o paciente sinta-se confortável;
4º passo: Alta frequência) é um aparelho usado para cicatrizar e atuar como anti-inflamatório sobre os pontos da pele que sofreram microlesões. Além disso, tem propriedades importantes como: fungicida - ação destrutiva de certos fungos -, bactericida e bacteriostática - destrói e controla a proliferação de algumas bactérias;
5º passo: Máscaras) é o procedimento de finalização, escolhida de acordo com o tipo de pele do paciente. Segundo a dermatologista, normalmente, opta-se pelas calmantes à base de azuleno ou mentol;
6º passo: Filtro solar) a aplicação do protetor solar faz parte da última etapa e é usado em veículos como gel ou loção - para não obstruir os poros -, sempre com fator de proteção igual ou superior a 30.
Os profissionais que podem realizar a limpeza de pele são: dermatologistas, esteticistas ou fisioterapeutas com formação em dermatologia funcional.
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Algumas etapas da limpeza, em especial a extração dos cravos, sensibilizam e irritam a pele, que tende a ficar vermelha. Para amenizar esses sinais, é importante usar produtos com propriedades calmantes, como a água termal, e cicatrizantes nos primeiros dois dias após o procedimento.
*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Publicada em: 24 de Setembro de 2015
Modificada em: 23 de Julho de 2021

Palavra do Dermatologista
Dra. Flávia Ravelli
CRM: CRM: 129724
Dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e Chefe do Departamento de Dermatologia do Complexo Hospitalar ProMatre/Santa Joana - SP. É assistente do Departamento de Dermatologia da Universidade de Santo Amaro - UNISA/SP e co-Coordenadora do Departamento de Dermatologia Pediátrica da SBD gestão 2015-2016. Além disso, é pós-graduada em Medicina Baseada em Evidências pela UNIFESP-SP.
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