Ter manchas nas costas é um problema que incomoda homens e mulheres, especialmente durante o verão, quando essa região do corpo fica mais exposta. Embora possa ter diferentes causas, o melasma é uma das primeiras possibilidades consideradas por boa parte das pessoas que se deparam com as manchas por ser uma condição mais comum e conhecida. Mas será que ele é mesmo o motivo dessas manchas na pele? O DermaClub conversou com a dermatologista Lilia Guadanhim que esclareceu essa dúvida e indicou os tratamentos adequados para as manchas nas costas. Confira!
O que é melasma e as principais causas dessa condição
Manchas escuras, geralmente amarronzadas, de formato irregular e simétricas: essas são as principais características do melasma, doença que normalmente acomete o rosto. De acordo com a dermatologista Lilia Guadanhim, o melasma pode ter diferentes causas, mas a exposição ao sol sem proteção UV e a predisposição genética são alguns dos principais desencadeadores do problema. “Melasma é uma doença multifatorial, que tem como fatores de risco principais a predisposição genética, a exposição a hormônios como métodos anticoncepcionais, por exemplo, e a radiação solar”, comenta.
Segundo a dermatologista, mulheres são mais atingidas pela doença do que os homens e a gravidez pode servir de gatilho para o surgimento do melasma na pele. “Pode ocorrer em ambos os sexos, mas é muito mais comum em mulheres e a gestação também é um fator desencadeante importante para o melasma. Pacientes de fototipos altos (peles mais morenas e negras) também têm maior risco”, afirma.
Manchas nas costas podem ser melasma? Saiba como identificar as marcas na região
Quanto a possibilidade de as manchas nas costas serem melasma, Lilia Guadanhim nega. Embora o chamado melasma extrafacial - ou seja, fora da face - possa ocorrer, as áreas mais acometidas pela doença são os braços, colo e pescoço, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Mas, então, o que as marcas nas costas podem ser? A dermatologista explica: “Em geral, as manchas nas costas são conhecidas como hipercromia pós-inflamatória e são causadas por lesões de acne. O melasma extrafacial é muito raro, mas é descrito nos antebraços e no colo, por exemplo, que são áreas expostas frequentemente ao sol”, diz. Por isso, em vez de procurar um tratamento para melasma, é importante conversar com o seu dermatologista para identificar a causa exata das suas manchas corporais e proceder da forma adequada.
Como tratar as manchas nas costas: dermatologista indica melhores ativos e tratamentos
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Segundo Lilia, é possível tratar as manchas nas costas tanto com procedimentos clínicos, quanto com o uso de dermocosméticos, ainda que seja uma área do corpo mais difícil de alcançar. “É possível sim tratar manchas nas costas! O tratamento de áreas corporais é desafiador, pois são áreas extensas e a aplicação de produtos é mais difícil. Mas cremes que contenham ácidos como o ácido retinóico e ácido glicólico são muitos úteis nesses casos, assim como a associação com alguns peelings químicos, realizados no consultório pelo médico dermatologista”, indica.
Ainda que não seja melasma, as manchas causadas por lesões de acne também podem ser agravadas pela exposição desprotegida ao sol. Por isso, um protetor solar com fator de proteção elevado é um dos itens que não podem faltar no dia a dia, especialmente durante a fase de tratamento com os ácidos e peelings. “É importante ressaltar sempre a importância de proteger a pele do sol. Essa é uma etapa fundamental na abordagem de qualquer tipo de mancha na pele”, destaca a dermatologista.
*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Publicada em: 20 de Outubro de 2021
Modificada em: 20 de Outubro de 2021

Palavra do Dermatologista
Dra. Lilia Guadanhim
CRM: 133850
Formação em Medicina, Residência Médica em Dermatologia e Especialização em Cosmiatria pela Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo. Possui título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e Associação Médica Brasileira, além de ser membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da International Dermoscopy Society. Tem especializações em Cosmiatria - Toxina Botulínica e Preenchimento na França e Dermatoscopia - Oncologia Cutânea na Itália. É médica colaboradora da Unidade de Cosmiatria da Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo.
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