A menopausa precoce ocorre quando há o cessamento da menstruação antes dos 40 anos de idade e ocorre em 1% das mulheres, de acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo). A queda dos hormônios femininos impactam todo o corpo, incluindo a pele, causando falta de viço, perda de volume e densidade da pele, rugas nos olhos e ressecamento da pele. Mas, por que isso acontece? Quais efeitos essas alterações hormonais podem causar à pele? A dermatologista Tatiane Curi conversou com a equipe do DermaClub sobre esse assunto. Dê uma olhada!
Menopausa precoce: o que é isso?
Esse assunto pode parecer ainda um pouco estranho para você, não é mesmo? Dra. Tatiane explica exatamente o que é a menopausa precoce: “Com o passar dos anos, os ovários das mulheres envelhecem e começam a provocar irregularidades menstruais, deficiência na produção de hormônios sexuais, diminuição da ovulação e diminuição da fertilidade, culminando na parada completa e irreversível da menstruação. Este fenômeno conhecido como menopausa e que normalmente se dá por volta dos 50 anos. Quando esse período acontece antes dos 40 anos de idade, podemos dizer que a mulher apresentou uma menopausa precoce, pois essa parte dos ovários entrou em falência mais precocemente que o habitual”.
Menopausa precoce deixa a pele seca
De acordo com a dermatologista, os efeitos da menopausa precoce são muito semelhantes aos da menopausa comum, porém chegados mais precocemente. “Isso inclui flacidez e perda do tônus cutâneo, diminuição intensa da oleosidade na pele - e com isso um ressecamento importante -, pele mais opaca, rugas mais profundas pela perda do tecido de sustentação, pele mais fina e fragilizada. Como a testosterona também pode aumentar, em algumas mulheres pode haver surgimento de pelos no rosto e até acne”, explica Dra. Tatiane.
A maior flacidez na menopausa precoce ocorre por causa da redução da produção de colágeno e de elastina, responsáveis pela sustentação da pele. “Existem estudos que citam que, nos primeiros cinco anos após a menopausa, ocorre uma diminuição na produção de colágeno de aproximadamente 30% e, após esse período, o declínio anual é de 2%”, destaca a especialista.
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Cuidados para lidar melhor com os efeitos da menopausa precoce
A gente sabe que passar por esse processo não é nada fácil para a mulher, principalmente de maneira prematura. Por isso, Dra. Tatiane aconselha que consultar um dermatologista é fundamental para que a paciente passe por essa fase, que pode ser emocionalmente instável, com o menor número de problemas de pele possível.
Ela também dá dicas de hábitos para essa nova fase da vida: “Além da alimentação adequada, ingestão da quantidade correta de água, equilíbrio emocional, atividades físicas regulares, manutenção do sono e, algumas vezes, reposição hormonal, a mulher necessita redobrar os cuidados na manutenção da barreira da pele, hidratando com produtos mais específicos, que acumulem água na pele e reponham a viscosidade e a elasticidade perdidas”.
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Skincare deve conter cosméticos específicos para essa época da vida
Segundo Dra. Tatiane, o ideal para montar a skincare da mulher na menopausa precoce é optar por dermocosméticos que reforcem a barreira cutânea, protegendo a pele mais fina e fragilizada. As loções de limpeza devem ser mais suaves e o uso do filtro solar é indispensável, priorizando texturas mais hidratantes e com ativos interessantes para essa fase. “Dar especial atenção a produtos com ácido hialurônico, vitamina C, Pro-Xylane® e ceramidas, por exemplo. Derivados de ácidos ou alfahidroxiácidos que apresentam menos efeitos adversos são bem interessantes nesse período por estimularem a produção de colágeno e elastina com menor probabilidade de causar irritações”, diz a médica.
A dermatologista também lembra que o corpo não pode ser descuidado nessa fase! “Hidratantes corporais são essenciais na intenção de diminuir ressecamentos e coceiras e vale a orientação de ser acompanhada por uma dermatologista caso ocorram alterações patológicas decorrentes da exposição cumulativa de radiação ultravioleta”, recomenda a médica.
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“O ideal é que as mulheres nessa fase sejam orientadas a manter o uso do filtro solar diariamente, tomem banho mais mornos e rápidos pela facilidade de desidratação cutânea e sejam seguidas de perto por um profissional para ficar atento a alterações sugestivas ou suspeitas de câncer de pele”, finaliza a médica.
Dados da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo): https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/312-quando-suspeitar-e-quando-investigar-a-insuficiencia-ovariana-prematura-iop
*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Publicada em: 02 de Agosto de 2022
Modificada em: 02 de Agosto de 2022

Palavra do Dermatologista
Dra. Tatiane Curi
CRM: 108107
Medica, Dermatologista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. Especializada em Cosmiatria pela Universidade de Santo Amaro, com título de especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e Associacao medica Brasileira. Também é sócia efetiva da sociedade Brasileira de Dermatologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatologia. Além disso, é medica do corpo clinico do Hospital Sírio Libanes - SP.
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