A pele é um órgão que vive em constante transformação. Com o passar dos anos, sofre com as mudanças do tempo, das agressões climáticas, da radiação solar e de fatores internos, como a alimentação e o estresse. Mas além disso, você sabia que o seu tipo de pele pode mudar de acordo com a sua idade cronológica? Para entender essas alterações e saber como lidar com cada característica em cada fase da vida, o DermaClub conversou com a dermatologista Carolina Marçon, de São Paulo. Veja só!
As crianças têm a pele mais sensível e com tendência maior à desidratação
De acordo com a médica, “na infância a pele tende a ser mais fina, com a barreira hidrolipídica e características que fazem com que a região seja mais permeável. Não é tão hidratada, possui uma tendência maior à desidratação, além de ser mais sensível, fazendo com que as substâncias penetrem com mais facilidade”, esclareceu. Nesta fase, é importante que a criança não use nenhum dermocosmético ou produto com substâncias reativas, como álcool, parabenos e fragrância para evitar qualquer reação.
Na adolescência, os jovens possuem a pele oleosa devido às mudanças hormonais
Quando o paciente vai chegando na adolescência, começa a produção hormonal e, com isso, as mudanças das características da pele. “A região fica mais oleosa, o manto hidrolipídico, as características físicas e químicas também se alteram, o que a deixa mais resistente. Além disso, começa o surgimento da acne devido à alta produção de sebo pelas glândulas sebáceas por estímulo hormonal”, explicou.
Este é o melhor momento para ir ao dermatologista e começar uma rotina de cuidados com a pele para controlar a oleosidade, prevenir o surgimento de espinhas e, se necessário, iniciar um tratamento anti-acne para remover as lesões já existentes.
Na fase adulta adiante, a pele sofre uma série de transformações
Segundo a Dra. Carolina Marçon, o orquestrador de todas as mudanças que acontecem na pele ao longo da vida são os hormônios. Eles vão mudando as características em cada fase de acordo com a sua produção, o que não fica diferente na idade adulta. Nessa etapa, a oleosidade diminui por conta da estabilidade hormonal e da influência dos hábitos, como alimentação, exposição solar e a prática de atividades físicas.
“Nessa fase também temos a menopausa, em que a mulher passa pela queda do hormônio estradiol, que faz com que a características altere a hidratação da pele, afetando as fibras de elastina e colágeno, refletindo na flacidez e na formação de rugas”, atentou. Para controlar o ressecamento, aposte na hidratação e em produtos anti-idade. Eles vão ajudar a manter a pele firme, viçosa e longe do envelhecimento precoce.
*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Publicada em: 14 de Junho de 2018
Modificada em: 26 de Julho de 2021

Palavra do Dermatologista
Dra. Carolina Reato Marçon
CRM: 113.379
Especialização em Clínica Médica e Dermatologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Médica Colaboradora do Setor de Dermatologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Coordenadora do Programa Pró-Albino; Fellowship em Cosmiatria - Dr. Zoe Draelos, Carolina do Norte - EUA; Fellowship em Tricologia - Universidade de Bolonha, Itália - Prof. Antonella Tosti; Fellowship em Dermatoscopia e Microscopia Confocal - Universidade de Modena / Reggio Emilia, Itália; Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Academia Americana de Dermatologia e do Colégio Ibero-Latinoamericano de Dermatologia
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