O uso da vitamina C para o rosto pode ser considerado uma verdadeira sensação no universo da skincare. O ácido ascórbico, conhecido nutriente encontrado nas frutas cítricas, é um antioxidante poderoso e atua em todos os tipos de pele com inúmeras vantagens, sendo oferecido de duas maneiras nas formulações dos produtos dermocosméticos: como vitamina C pura ou na forma de derivados da substância. Mas afinal, qual é a diferença entre os dois tipos? Qual é a melhor opção para incluir na sua skincare? A dermatologista Camila Rosa te ajuda a fazer essa escolha com alguns conselhos simples. Dê só uma olhada!
Vitamina C pura ou derivada: qual é a diferença? Qual é a melhor?
De acordo com a Dra. Camila, a vitamina C é uma substância um tanto instável, o que dificulta sua manipulação nos dermocosméticos. “A vitamina C está disponível em várias formas ativas. Dentre todas as formas, o ácido L-ascórbico é o mais biologicamente ativo e bem estudado. Porém é uma molécula hidrofílica, instável e carregada, o que limita a sua penetração. É preciso adaptar essa molécula para que ela possa penetrar adequadamente na pele, ou seja, reduzir a acidez para um pH abaixo de 3,5%. Esse é um método eficaz para melhorar sua estabilidade e permeabilidade”, explica a dermatologista.
Aí é que entra a chamada derivação, que nada mais é do que a associação de vitamina C com outros ativos, garantindo que ela fique estável e pronta para ser usada a qualquer momento. “Na maioria das vezes, para se conseguir essa estabilização, é necessário acrescentar outros ativos como o ácido ferúlico para conseguir essa estabilização e uma melhor penetração da substância na pele. Portanto, a vitamina C geralmente está em associações para que ela consiga ter efeito sobre a pele, mas isso não irá diminuir sua eficácia. Hoje em dia, existem algumas maneiras de se conseguir a vitamina C pura e estáve”, esclarece Dra. Camila.
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Por que usar a vitamina C no rosto?
Afinal, se esse ativo é tão instável, por que apostar no seu uso para incrementar a skincare? A dermatologista aponta que o ácido ascórbico não é um queridinho das vitrines de dermocosméticos à toa. “A vitamina C é um dos antioxidantes mais poderosos. Devido às suas propriedades antioxidantes, de neocolagênese e de despigmentação da pele, suas aplicações clínicas vão desde fotoproteção, antienvelhecimento a antimanchas”, explica Dra. Camila.
A especialista enfatiza que, pura ou derivada, o importante é aproveitar os benefícios que esse ativo tem para oferecer: “Com um excelente perfil de segurança, a vitamina C tornou-se um agente cosmecêutico popular. No entanto, os estudos clínicos sobre a eficácia de formulações tópicas de vitamina C permanecem limitados e o desafio está em encontrar a formulação mais estável e permeável para alcançar os melhores resultados”.
Conheça os principais derivados do ácido ascórbico
Você é a louca dos rótulos? Então, prepare sua lupa para optar pelos derivados mais indicados da vitamina C no rosto: “Sempre que possível fique de olho na concentração, a máxima para absorção percutânea é de 20%. Derivados de ácido ascórbico, incluindo ascorbil fosfato de magnésio, ascorbyl-6-palmitato e ácido dehidroascórbico, não aumentam os níveis cutâneos de ácido L-ascórbico”, explica a profissional.
Como conservar seu produto com vitamina C facial
Um dos principais percalços com relação à estabilidade da vitamina C é sua conservação. Por sua facilidade de oxidação, o ácido ascórbico precisa de muito cuidado ao ser armazenado para que o cosmético não perca sua eficácia. A Dra. Camila dá as principais dicas para evitar o problema: “A vitamina C é um produto que oxida com facilidade e, por isso, é envasada em frascos próprios para a proteção das moléculas. Geralmente, são em frascos escuros ou frascos em sistema fechado para impedir a entrada de oxigênio. Por isso, é importante manter o produto na embalagem original, protegidos do calor e exposição à luz em excesso para manter o produto em boas condições pelo tempo recomendado pelo fabricante”.
*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Publicada em: 28 de Março de 2022
Modificada em: 19 de Maio de 2022

Palavra do Dermatologista
Drª Camila Rosa
CRM: 143799
Camila Rosa médica graduada pela UNIRIO. Dermatologista com título de especialista pela SBD e SBCD. Membro da Skin of color Society. Pós Graduada em Dermatologia Oncológica no Hospital Sírio-Libanês. Atualmente responsável pelo setor de pele negra da clínica Dermacolor em São Paulo.
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