O desodorante é, sem dúvidas, o melhor amigo das nossas axilas. Escolhendo o produto certo, além de prevenir o mau cheiro, é possível evitar o aparecimento das manchas escuras, inibir a alta produção de suor, e até hidratar a pele. No entanto, existem algumas coisas que podem estar atrapalhando o jeito certo de usar esse produto. O DermaClub conversou com a dermatologista Carolina Marçon, de São Paulo, que esclareceu os mitos e verdades sobre desodorante na nossa rotina de cuidados. Veja só!
O desodorante ajuda a prevenir o mau cheiro. Mito ou verdade?
Verdade. O suor é um mecanismo de defesa do nosso corpo que ajuda a estabilizar nossa temperatura interna. “Esse líquido possui duas características bem curiosas: 1) A princípio, ele não tem cheiro. 2) A ação secundária de bactérias presentes na pele que metabolizam esse suor que vão desencadear o cheiro - sendo variável de uma pessoa para outra”. Para prevenir o mau odor, basta usar um produto com ação antibacteriana que ajuda a impedir a reprodução desses microrganismos.
Desodorante pode manchar a pele. Mito ou verdade?
Mito. A dermatologista afirma que o desodorante, em si, não mancha. “Mas o paciente pode ter uma dermatite de contato - reação de hipersensibilidade de algum componente do produto - e produzir uma inflamação - que quando é formada na pele de uma pessoa mais morena ou com bastante melanina, acaba escurecendo as axilas”, esclareceu. Por isso, se sentir algum tipo de coceira ou irritação na região, interrompa o uso do produto.
Passar desodorante antes de dormir faz mal. Mito ou verdade?
Mito. Não faz mal, mas também não é necessário. “Durante a noite o nosso metabolismo cai, já que o corpo não realiza nenhum tipo de atividade física ou esforço. Ou seja, ele fica sem produzir suor”, esclareceu. Então se você dormir em um local fresco, não corre o risco de transpirar nas axilas. Além disso, é importante deixar essa região livre de produtos por um tempo para respirar um pouquinho.
Desodorante inibe a transpiração. Mito ou verdade?
Não necessariamente. Apenas os desodorantes que possuem ação antitranspirante conseguem inibir a produção temporária de suor. No entanto, um produto pode ser eficaz contra o odor mesmo sem impedir a transpiração. “Para prevenir o mau cheiro, o ideal é apostar em um produto que possua a função antibacteriana, que ajuda a impedir a ação das bactérias responsáveis pelo mau odor”, indicou a médica.
Devemos reaplicar o desodorante várias vezes ao dia. Mito ou verdade?
Mito. “Reaplicar o desodorante várias vezes ao longo do dia pode causar uma dermatite de contato, que acaba levando à coceira, sensibilidade e resultando em manchas nas axilas”, ressaltou. Então, é importante ficar atento às características do produto que você está usando, até mesmo para que a região possa transpirar um pouco, já que o suor é um mecanismo de defesa natural do corpo - ou seja, de qualquer maneira, é importante que a região produza suor, mesmo que seja por pouco tempo.
Dermatologista:
Drª. Carolina Marçon // CRM: 113.379
Drª. Carolina Marçon é fez sua especialização em Clínica Médica pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e em Dermatologia pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo. Possui título de Especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Associação Médica Brasileira (AMB). Especialização em Dermatoscopia e Oncologia Cutânea no Hospital AC Camargo. Membro Titular da American Academy of Dermatology (AAD). Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Coordenadora do Programa Pró-Albino - Santa Casa de Misericórdia de São Paulo/SBD.
*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Publicada em: 26 de Setembro de 2018
Modificada em: 22 de Maio de 2019

Palavra do Dermatologista
Dra. Carolina Reato Marçon
CRM: 113.379
Especialização em Clínica Médica e Dermatologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Médica Colaboradora do Setor de Dermatologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Coordenadora do Programa Pró-Albino; Fellowship em Cosmiatria - Dr. Zoe Draelos, Carolina do Norte - EUA; Fellowship em Tricologia - Universidade de Bolonha, Itália - Prof. Antonella Tosti; Fellowship em Dermatoscopia e Microscopia Confocal - Universidade de Modena / Reggio Emilia, Itália; Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Academia Americana de Dermatologia e do Colégio Ibero-Latinoamericano de Dermatologia
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