Manchas escuras e de diferentes tamanhos que você não sabe de onde veio nem como se livrar delas: essas são as hiperpigmentações! Mas no post de hoje do blog Dermaclub você confere tudo o que queria saber sobre essa condição (e como se livrar dela). A Dra. Mayara Nascimento, médica dermatologista auxilia o Dermaclub nessa missão, esclarecendo todas as suas dúvidas. Confira!
Índice
- O que é hiperpigmentação na pele?
- Quais são os tipos de hiperpigmentação na pele?
- Quais são os sintomas da hiperpigmentação da pele?
- Como evitar a hiperpigmentação na pele?
- Como tratar a hiperpigmentação da pele?
- Quais produtos ideias para tratar hiperpigmentação?
O que é hiperpigmentação na pele?
A hiperpigmentação é uma condição comum da pele caracterizada pelo escurecimento de certas áreas da pele, que ocorre quando as células produtoras de pigmento da pele, conhecidas como melanócitos, produzem excesso de melanina.
Existem várias causas possíveis para a hiperpigmentação, incluindo exposição ao sol, inflamação, danos à pele e alterações hormonais. As manchas escuras de hiperpigmentação variam em cor de marrom claro ao mais escuro e podem aparecer em qualquer parte do corpo.
Quais são os tipos de hiperpigmentação na pele?
Manchas escuras podem ser comuns para uma boa parcela da população, mas é importante saber que por mais que elas sejam tidas como “normais”, podem ser mais do que apenas um sinal de envelhecimento, podendo até mesmo serem formas de manifestação de doenças. Nem toda hiperpigmentação é a mesma e o Dermaclub te ajuda a entender as causas mais comuns abaixo, confira:
Melasma
Melasma é uma condição de pele que causa manchas escuras ou descoloração na pele. É uma forma de hiperpigmentação que geralmente ocorre no rosto, particularmente nas bochechas, testa, nariz e lábio superior, mas também pode aparecer em outras partes do corpo expostas ao sol.
“Melasma, são manchas que aparecem na pele em áreas expostas ao sol. Geralmente, elas são manchas de borda mal delimitada, acastanhada, que vão acontecer na região centro facial do rosto, e a maior parte em mulheres. Algumas pacientes, cerca de 10%, podem ter melasma no corpo. A gente fala que é uma melasma-extra facial. Esse melasma é mais difícil de tratamento, mas não é a maioria das pacientes que têm. E o melasma também pode acometer, claro, com uma forma muito mais rara, homens também.” complementa a dermatologista
A causa exata do melasma não é totalmente compreendida, mas acredita-se que seja influenciada por fatores hormonais, genéticos e ambientais, e a exposição ao sol é um dos principais gatilhos da condição, já que os raios ultravioleta são conhecidos por aumentar a produção de melanina em nossa pele.
Portanto, a proteção solar é um componente crucial na prevenção e tratamento do melasma. Embora o melasma não seja uma condição de pele que traz efeitos colaterais desconfortáveis, não causando dor, ou coceira, muitas pessoas procuram tratamento para melhorar a aparência da pele já que ele costuma mexer com a autoconfiança dos indivíduos acometidos por ela. Os tratamentos podem incluir cremes e séruns clareadores de pele, peelings químicos e terapia a laser.
Hiperpigmentação pós-inflamatória
A Hiperpigmentação Pós-Inflamatória é uma condição dermatológica comum que se manifesta como manchas escuras ou descolorações na pele após um episódio de inflamação. Esta inflamação pode ser resultado de várias condições de pele, como acne, eczema, psoríase ou lesões cutâneas. Essa condição ocorre quando a inflamação estimula a produção excessiva de melanina, o pigmento que dá cor à nossa pele.
“E esse tipo de hiperpigmentação acontece muito mais em pacientes que são melanodérmicos, ou seja, em pacientes morenos e negros.” afirma a médica.
Os fatores que contribuem para a sua ocorrência incluem a exposição ao sol, que pode agravar a hiperpigmentação, e a predisposição genética e as características mais distintivas desta condição incluem manchas planas de cor marrom, preta ou até mesmo azulada, que podem variar em tamanho e forma.
Em termos de tratamento, a PIH pode ser bastante resistente, mas opções como cremes clareadores de pele, retinoides tópicos, peelings químicos e terapia a laser podem ser eficazes. Além disso, a proteção solar rigorosa é uma medida preventiva crucial, pois os raios ultravioleta podem piora-la.
Outros tipos de manchas podem incluir: “O Cloasma, que é quando a mancha acontece durante a gestação. Acantose nigricans, que é uma condição metabólica, que acontece por conta de uma resistência insulínica, então é um paciente diabético ou pré-diabético. E melanoma, que é um tipo de câncer de pele agressivo. Melanose solar, que é muito comum e é uma questão muito frequente nos pacientes, também são manchas, mas são de menor tamanho do que o melasma e elas vão acometer também o corpo em áreas expostas ao sol. Em geral, as melanoses solares tem não só no rosto, mas tem no corpo também em áreas expostas ao sol e está relacionado ao envelhecimento e à exposição crônica do sol.”
Quais são os sintomas da hiperpigmentação da pele?
“Na maioria dos casos é assintomático, então é uma mancha que o paciente tem que ele não vai sentir nada, nem ao tocar, nem nada. Algumas manchas provocadas por alergia, o paciente pode ter uma coceira na área do local, mas, em geral são manchas assintomáticas.” afirma a Dra. Mayara.
Ainda assim, essas manchas podem afetar a qualidade de vida dos pacientes, causando desconforto estético e psicológico. Se não forem tratadas adequadamente, a hiperpigmentação pode se tornar permanente e as manchas podem escurecer ainda mais.
Além disso, a hiperpigmentação pode ser um sinal de uma condição médica subjacente, como doenças endócrinas ou certos tipos de câncer de pele. Portanto, é importante procurar aconselhamento médico sempre que notar mudanças inesperadas na pele.
Como evitar a hiperpigmentação na pele?
A hiperpigmentação, caracterizada pelo escurecimento de áreas da pele, é uma condição comum que pode ser causada por vários fatores, e embora não cause desconfortos físicos, podem ser bem nocivos à autoestima das pessoas. Felizmente, existem várias medidas preventivas que podem ser adotadas para minimizar o risco de desenvolver hiperpigmentação e manter a pele saudável e uniforme, confira abaixo:
- Proteção solar rigorosa: A exposição ao sol é uma das principais causas de hiperpigmentação. Portanto, proteger a pele dos raios ultravioleta é crucial. Use protetor solar com um alto fator de proteção solar (FPS) todos os dias, mesmo em dias nublados.
- Evite a exposição prolongada ao sol: Além do uso de protetor solar, tente evitar a exposição direta e desprotegida ao sol.
- Cuidado com a pele: Mantenha uma rotina regular de cuidados com a pele que inclua limpeza, tonificação e hidratação. Use produtos que sejam adequados para o seu tipo de pele e que não a irritem.
- Tratamento de condições da pele: Se você tem uma condição de pele que causa inflamação, como acne ou eczema, procure tratamento médico. A inflamação da pele pode levar à hiperpigmentação.
- Alimentação saudável: Uma dieta rica em antioxidantes pode ajudar a proteger a pele dos danos dos radicais livres, que podem contribuir para a hiperpigmentação. Inclua muitas frutas e vegetais frescos em sua dieta.
- Consulte um dermatologista: Se você está preocupado com a hiperpigmentação, consulte um dermatologista. Eles podem fornecer conselhos personalizados e recomendar tratamentos preventivos ou corretivos, se necessário.
A Dra. Mayara, médica dermatologista, afirma que “A principal forma de evitar é realmente usando o protetor solar, a fotoproteção de forma adequada. Em questão das lesões corporais e do rosto também, a hidratação deixa a barreira cutânea mais forte e isso faz com que o paciente tenha uma menor pigmentação da pele. Então fotoproteção e hidratação são a principal forma de evitar o surgimento dessas manchas.”
Como tratar a hiperpigmentação da pele?
O tratamento da hiperpigmentação envolve tanto medidas preventivas, como proteção solar rigorosa, quanto terapias corretivas para clarear a pele existente. Dependendo da extensão e localização da hiperpigmentação, os tratamentos podem variar de cremes tópicos a procedimentos dermatológicos mais intensivos. É importante lembrar que o tratamento da hiperpigmentação pode levar tempo e requer consistência e paciência.
A dermatologista afirma que “O médico dermatologista, após diagnosticar a lesão, vai determinar o melhor protocolo de tratamento. O tratamento pilar, o início, é realmente o uso do protetor solar de forma adequada e o uso de uma rotina de skincare e cuidados para pele, voltados para o tratamento daquela mancha.
Além disso, é possível que o especialista associe um tratamento adjuvante no consultório, que, em geral, potencializa o clareamento das manchas, para que tudo aconteça de uma forma mais rápida. Então, pode fazer peelings, o uso de laser, que são tecnologias, e também de microagulhamento, com o objetivo de clarear essa mancha de uma forma mais rápida.”
Quais produtos ideias para tratar hiperpigmentação?
“É sempre recomendável usar um sabonete com ativos mais hidratantes para hidratar essa pele, usar cremes e loções potentes, que melhorem a barreira cutânea e deixem essa pele mais forte, realmente. Claro, que tudo sempre vai depender da característica de cada pele.” indica a dermatologista.
No que tange ao tratamento específico das manchas, a Dra. Mayara compartilhou algumas informações importantes conosco: “E em relação ao tratamento de hiperpigmentação, a gente pode utilizar diversos tipos de ativos. Existem ativos que vão atuar antes da síntese da melanina e outros ativos que vão atuar na síntese da melanina, diretamente no melanócito, na célula que produz o pigmento da pele, e ativos que vão atuar depois da síntese da melanina. E existem também ativos universais, que vão atuar em todas essas etapas, na pré, na melanogênese e na pós.
A escolha dos ativos que levam ao clareamento da pele irá depender de qual é a mancha, sua causa e onde ela está localizada. Em geral, a pele do rosto, tolera ativos mais fortes do que o corpo. No corpo, há geralmente a necessidade de utilizar ativos em concentrações mais baixas, ativos que tenham potencial anti-inflamatório também e que hidratem.”
Alguns ativos recomendados em geral pela dermatologista são: “Tem o ácido retinóico, retinol, que são derivados da vitamina A, que faz esse clareamento e rejuvenescimento da pele. Tem a hidroquinona, que é um clareador universal. Tem a nicotinamida, que atua como um clareador e um anti-inflamatório. Existe também o ácido glicólico, que vai atuar renovando a pele.
Além desses, o Butyl Resorcinol é um ativo importante e é um clareador. O ácido tranexâmico também é um clareador e tem um potencial anti-inflamatório, que atua quando o paciente tem vasos além de manchas também. Os antioxidantes como a vitamina C e o ácido ferúlico são ativos que a gente recomenda geralmente que o paciente utilize pela manhã antes de aplicar o protetor solar e eles vão atuar diminuindo os radicais livres e também clareando a pele e dando um aspecto mais iluminado que melhora o aspecto da mancha.”
A La Roche-Posay traz uma novidade incrível para quem luta contra manchas na pele do rosto: o Mela B3. Este sérum concentrado é formulado com Melasyl, um ativo patenteado e inovador que combate a hiperpigmentação ao interceptar o excesso de melanina antes que cause diferenças de tonalidade na pele.
Comprovadamente eficaz em todos os tons de pele, o Mela B3 previne o reaparecimento das manchas e reduz a hiperpigmentação em impressionantes 85% em apenas 8 semanas, sempre respeitando o tom natural da pele. Além disso, contém 10% de niacinamida, uma forma de vitamina B3 conhecida por acalmar a pele, fortalecer a barreira cutânea e corrigir manchas. Experimente!
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Além disso, o uso do Protetor Solar Ultra Cover da La Roche-Posay é essencial para proteger a pele dos raios ultravioleta, que podem piorar a hiperpigmentação. Este protetor solar oferece alta proteção contra os raios UVA e UVB e também possui cor de alta cobertura, substituindo tranquilamente o uso da base na sua maquiagem diária, e ainda ajudando a uniformizar o tom da pele e disfarçar as manchas.
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*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
palavra do dermatologista
DRA. MAYARA NASCIMENTO
Dermatologista Adjunta do Hospital Clementino Fraga Filho-UFRJ, especializada em Cosmiatria e pele negra. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) com pós-graduação pelo Instituto de Dermatologia Rubem David Azulay (IDRDA). Realizou Fellowship em Cosmiatria na USP e Unifesp. Atende no Fórum Ipanema e no Hospital Samaritano Barra, no Rio de Janeiro. Instagram: @dramayaranascimento.palavra do dermatologista
