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Mulher realizando um peeling quimico no rosto, um tratamento que promove a renovacao celular e melhora a textura da pele.

Peeling químico: o que é, para que serve e quais benefícios? Veja dicas

Descubra os segredos do peeling químico: seu propósito, benefícios e resultados surpreendentes para a sua pele.
11 jul 2019

Em uma consulta com seu dermatologista, o profissional indicou um peeling químico para melhorar a aparência da sua pele e você ficou com um certo receio de realizar o procedimento? Na verdade, trata-se de um tratamento estético muito seguro - quando é feito por um especialista no assunto - que traz muitos benefícios para a sua pele de modo geral, atuando principalmente em problemas como manchas, marcas de acne, rugas, flacidez e luminosidade. 

Antes de fazer o peeling químico, é importante conhecer os seus efeitos e saber quais os cuidados a ter após o procedimento. O Dermaclub conversou com a dermatologista Carolina Marçon que esclareceu todas as dúvidas sobre o procedimento.

O que é o peeling químico?


De acordo com a médica, o peeling químico consiste na aplicação de substâncias ácidas sobre a pele. Realizados corretamente, é possível controlar o tipo de ação que o peeling promove sobre a pele, podendo ser desde muito superficial e superficial, com uma leve remoção celular com descamação, a um peeling médio e profundo causando até mesmo necrose (morte celular) – para incentivar a renovação da pele.

A profissional ainda explica que os peelings químicos dependendo do grau, podem afetar a região de diferentes maneiras. “Quanto mais profunda for a ação do produto aplicado, mais aparentes são os resultados, porém, é importante entender que quanto maior a profundidade de penetração do peeling, maiores são os riscos de complicações e desconforto durante o procedimento e no pós-peeling”, atentou.

O peeling químico serve para quê?

  
Dependendo do grau do procedimento, o peeling químico pode servir para clarear manchas, amenizar rugas e cicatrizes de acne. A Drª Carolina explicou a função de cada processo detalhadamente:

 

Peeling superficial


Esse age na epiderme, que é a camada mais superficial da pele e não apresenta grandes problemas após sua aplicação. Sua indicação é para:

- Rugas muito suaves
- Manchas superficiais da pele
- Acne
- Fotoenvelhecimento leve.

Substâncias usadas: ácido retinóico, ácido glicólico, ácido tricloroacético, ácido salicílico, pasta de resorcina e solução de Jessner.

Peeling médio


Provoca destruição dos tecidos, removendo parcial ou totalmente a epiderme, atingindo o nível da derme papilar. A indicação desse peeling é para:

- Pele fotoenvelhecida;
- Melhora de rugas;
- Sulcos suaves a moderados
- Cicatrizes superficiais
- Queratoses actínicas
- Alguns casos de hiperpigmentação.

Substâncias usadas: ácido glicólico 40 a 70%; ácido tricloroacético 35% + Solução de Jessner, ácido tricloroacético 35% + ácido glicólico, ácido pirúvico 60 a 90% e fenol 88%.

Peeling profundo


Destrói totalmente a epiderme e atinge até o nível da derme reticular. Apresenta grandes riscos de complicações. A maior indicação desse processo é para:

- Envelhecimento severo da pele;
- Cicatrizes profundas de acne Substâncias usadas: ácido tricloroacético 50% e Fenol (fórmula de Baker).

Cuidados com a pele pós-peeling químico


- Usando cremes cicatrizantes para agilizar a descamação;
- Produtos calmantes para amenizar a sensibilidade da pele
- Bastante água termal;
- Não remover as casquinhas, deixe que caiam naturalmente;
- Aplicar e reaplicar protetor solar mineral FPS alto e com cor todos os dias;
- Evitar o uso de maquiagem durante a cicatrização.

Problemas que o peeling químico pode amenizar


O peeling químico é um procedimento dermatológico altamente versátil que oferece soluções eficazes para uma variedade de problemas de pele. Uma das principais questões que o peeling químico pode amenizar são as manchas escuras, sejam elas causadas pelo envelhecimento, exposição solar excessiva ou desequilíbrios hormonais. O ácido utilizado no peeling ajuda a esfoliar a camada superior da pele, eliminando manchas e revelando uma pele mais uniforme.

Além disso, o peeling químico é uma opção valiosa para tratar cicatrizes de acne. Ele atua na renovação da pele, reduzindo a aparência de cicatrizes superficiais e melhorando a textura da pele. Também é eficaz na redução de rugas finas e linhas de expressão, estimulando a produção de colágeno e elastina. Isso resulta em uma pele mais firme e jovem.

Outro problema comum que o peeling químico pode resolver é a oleosidade excessiva da pele. A solução ácida ajuda a regular a produção de sebo, diminuindo a aparência de poros dilatados e prevenindo a acne. Além disso, pessoas com melasma, uma condição de hiperpigmentação, podem encontrar alívio com o peeling químico, pois ele ajuda a clarear as áreas afetadas.

O procedimento é doloroso?


O nível de dor durante um procedimento de peeling químico pode variar de pessoa para pessoa e também depende do tipo de peeling utilizado. Em geral, muitas pessoas relatam sensações de formigamento, ardor ou queimação durante o procedimento, especialmente nas primeiras camadas de pele onde o ácido está atuando.

Peelings químicos superficiais geralmente causam desconforto leve a moderado, mas são bem toleráveis para a maioria das pessoas. No entanto, peelings mais profundos, que penetram camadas mais profundas da pele, podem causar sensações mais intensas de desconforto.

Para minimizar o desconforto, os profissionais de saúde geralmente aplicam um anestésico tópico na área antes do procedimento. Além disso, o uso de ventiladores ou resfriamento da pele pode ajudar a aliviar a sensação de ardor.

É importante comunicar qualquer desconforto excessivo ao profissional de saúde durante o procedimento, pois eles podem ajustar a técnica ou tomar medidas adicionais para tornar o paciente mais confortável.

Peeling químico em diferentes tipos de pele

 
O peeling químico é uma opção de tratamento eficaz, mas sua aplicação precisa ser adaptada de acordo com o tipo de pele do paciente. Para peles sensíveis, é importante utilizar ácidos mais suaves, como o ácido glicólico, em concentrações mais baixas. Isso reduz o risco de irritação e vermelhidão excessiva.

Peles oleosas, por outro lado, podem se beneficiar de ácidos como o salicílico, que ajudam a controlar a produção de sebo. Já as peles secas podem se beneficiar de ácidos mais hidratantes, como o ácido hialurônico, para evitar o ressecamento.

Para a manutenção da pele após um peeling químico, produtos como a Loção Facial CeraVe podem ser recomendados. Essa loção é rica em ceramidas, que ajudam a fortalecer a barreira cutânea e a reter a hidratação, essencial para peles sensíveis ou que passaram por procedimentos de peeling. 

Além disso, produtos como o Cicaplast Sérum e o Cicaplast Baume B5+ também podem ser benéficos, especialmente para peles mais sensíveis. Esses produtos da La Roche-Posay são formulados com ingredientes como ácido hialurônico, pantenol e madecassoside, que ajudam a acalmar a pele, reduzir a vermelhidão e promover a regeneração da pele, sendo ideais para uso pós-peeling.

*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Publicada em: 11 de Julho de 2019
Modificada em: 26 de Setembro de 2023

 

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palavra do dermatologista

DRA. CAROLINA REATO MARÇON
CRM: 113.379

Especialização em Clínica Médica e Dermatologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Médica Colaboradora do Setor de Dermatologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Coordenadora do Programa Pró-Albino; Fellowship em Cosmiatria - Dr. Zoe Draelos, Carolina do Norte - EUA; Fellowship em Tricologia - Universidade de Bolonha, Itália - Prof. Antonella Tosti; Fellowship em Dermatoscopia e Microscopia Confocal - Universidade de Modena / Reggio Emilia, Itália; Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Academia Americana de Dermatologia e do Colégio Ibero-Latinoamericano de Dermatologia
 
 
 

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DRA. CAROLINA REATO MARÇON
CRM: 113.379

Especialização em Clínica Médica e Dermatologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Médica Colaboradora do Setor de Dermatologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Coordenadora do Programa Pró-Albino; Fellowship em Cosmiatria - Dr. Zoe Draelos, Carolina do Norte - EUA; Fellowship em Tricologia - Universidade de Bolonha, Itália - Prof. Antonella Tosti; Fellowship em Dermatoscopia e Microscopia Confocal - Universidade de Modena / Reggio Emilia, Itália; Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Academia Americana de Dermatologia e do Colégio Ibero-Latinoamericano de Dermatologia
 
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