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Mulher com urticaria

Urticária: dermatologista fala o que é, como surge e tratamentos!

Entenda tudo sobre urticária, suas causas, sintomas e os tratamentos mais eficazes nesse post informativo e cheio de dicas de Dermaclub
04 abr 2016

O que é urticária?” Essa é uma dúvida muito comum entre as pessoas que acabam de descobrir que possuem esse problema. De maneira geral, a urticária é uma doença de pele caracterizada pela formação de manchas vermelhas no corpo, que normalmente provocam coceira e inchaço no local. Os quadros de crise costumam surgir a partir da liberação de histamina, substância que age dilatando os vasos sanguíneos na pele, causando o inchaço e vermelhidão. De acordo com a dermatologista Vanessa Metz, a urticária na pele pode se desenvolver por diferentes motivos e apresentar características bem diferentes dependendo do seu tipo.

O que é urticária?


A urticária é uma condição cutânea que se manifesta através do surgimento de lesões avermelhadas, elevadas e frequentemente pruriginosas, denominadas urticas. Essas erupções cutâneas podem variar em tamanho, forma e localização, podendo se espalhar por diferentes áreas do corpo ou desaparecer rapidamente, geralmente em até 24 horas. A urticária pode afetar pessoas de todas as idades e ocorre quando o sistema imunológico reage a algum gatilho, como alergias, infecções ou estresse.

As urticas são resultado da liberação de histamina e outras substâncias químicas pelos mastócitos, células do sistema imunológico presentes na pele. A liberação dessas substâncias provoca vasodilatação e aumento da permeabilidade dos vasos sanguíneos locais, levando ao inchaço e vermelhidão característicos da urticária. Além disso, a coceira intensa é causada pela ação da histamina nas terminações nervosas da pele. Identificar e evitar os gatilhos específicos, juntamente com o uso de medicamentos anti-histamínicos, são medidas importantes no tratamento e controle da urticária.

Como a urticária surge?


As urticas, manifestações características da urticária, ocorrem quando os mastócitos - células especializadas do sistema imunológico presentes na pele - liberam substâncias químicas como a histamina e outros mediadores inflamatórios. Essa liberação desencadeia uma série de eventos no organismo, incluindo a vasodilatação, que é a expansão dos vasos sanguíneos, permitindo um maior fluxo de sangue na área afetada, e o aumento da permeabilidade vascular, que possibilita a passagem de líquidos e células do sistema imunológico dos vasos sanguíneos para o tecido circundante.

Esses processos combinados resultam no inchaço (edema) e vermelhidão (eritema) típicos das lesões de urticária. Além disso, a liberação de histamina pelos mastócitos provoca coceira intensa (prurido), outro sintoma comum dessa condição cutânea. Diversos fatores podem levar à ativação dos mastócitos e à liberação de histamina, incluindo alergias a alimentos, medicamentos, picadas de insetos, infecções, estresse emocional e exposição a agentes físicos, como calor, frio ou pressão. Compreender esse processo é fundamental para o diagnóstico e tratamento adequado da urticária.

Quais são os tipos de urticária?


Sim, existem tipos de urticárias e elas podem mudar muito de acordo com o que as desencadeiam e quanto tempo demoram para sumir. Venha ver mais sobre. 

Urticária colinérgica


Esse tipo de urticária é desencadeada pelo suor, calor ou exercício físico e tem pequenas urticas e vermelhidão bem, característicos. Podendo ser acompanhada de sensação de queimação e coceira intensa, mas que geralmente desaparece dentro de algumas horas.

Urticária aquagênica


Desencadeada principalmente pelo contato com a água, independentemente da temperatura, esse tipo de urticária causa manchas vermelhas e coceira após a exposição à água. É importante saber que essa condição é rara e afeta principalmente mulheres jovens e passam rapidamente, sumindo em menos de uma hora.

Urticária crônica


Dura mais de seis semanas e pode persistir por meses ou até anos. A causa da urticária crônica é frequentemente difícil de determinar, mas pode estar relacionada a doenças autoimunes, infecções crônicas, estresse emocional ou fatores hormonais.

Urticária aguda


É o tipo mais comum e dura menos de seis semanas. Pode ser causada por uma variedade de fatores, como alergias a alimentos, medicamentos, picadas de insetos, infecções virais ou bacterianas e exposição a substâncias irritantes. Em muitos casos, a causa exata da urticária aguda não é identificada. 

Urticária física


Esse tipo de urticária é desencadeada por estímulos físicos, como pressão, calor, frio, luz solar, vibração ou exercício, e aparecem geralmente no local da exposição ao estímulo. Os sintomas duram geralmente de minutos a horas e é importante evitar o estímulo desencadeante o quanto for possível. 

Urticária de frio ou calor


Essa urticária mais incomum é provocada pela exposição ao frio, como vento ou água gelados, causando urticas, inchaço e coceira nas áreas expostas ao frio e pode ser acompanhada de dor de cabeça, náusea ou dificuldade para respirar em casos graves e o tratamento se resume em evitar a exposição ao frio e usar anti-histamínicos conforme necessário. 

Já a sua outra variante, a urticária ao calor, é desencadeada pela exposição ao calor, como banhos quentes ou exposição direta ao sol, causando urticas e vermelhidão nas áreas expostas. Geralmente desaparece rapidamente após a remoção do estímulo de calor e o tratamento envolve evitar a exposição ao calor e usar anti-histamínicos conforme necessário.

Como tratar a urticária?


O tratamento da urticária procura aliviar os sintomas e prevenir episódios recorrentes, envolvendo várias estratégias. Os anti-histamínicos, como cetirizina e loratadina, são frequentemente prescritos para diminuir a coceira e a inflamação resultantes da liberação de histamina. Esses medicamentos podem ser usados regularmente ou conforme necessário, dependendo da intensidade dos sintomas. Em situações mais severas, corticosteroides orais, como a prednisona, podem ser administrados por curtos períodos para controlar a inflamação, embora seu uso prolongado possa causar efeitos colaterais significativos.

Em casos de urticária crônica que não respondem aos tratamentos convencionais, medicamentos imunossupressores ou imunomoduladores, como ciclosporina e omalizumabe, podem ser indicados para regular a resposta imunológica envolvida na condição. Adicionalmente, é importante adotar cuidados com a pele, como o uso de um bom creme hidratante. O Lipikar Baume Ap+, de La Roche-Posay tem ação calmante e promove alívio imediato, além de reduzir a coceira e ajudar a espaçar as crises de ressecamento extremo. Além disso, procure identificar e evitar gatilhos específicos, como alergias alimentares, e gerenciar o estresse para prevenir novos episódios. A consulta com um médico ou dermatologista é essencial para determinar os gatilhos potenciais e receber orientações sobre as opções de tratamento mais adequadas para cada caso.

O que piora a urticária?

 

  • Alergénios: A exposição a alergénios como o pólen, pelo de animais e certos alimentos pode desencadear ou piorar a urticária em indivíduos suscetíveis.
  • Medicamentos: Alguns medicamentos, como antibióticos ou anti-inflamatórios não esteróides, podem causar urticária em pessoas que são sensíveis.
  • Infecções: As infecções virais, bacterianas ou fúngicas podem levar ao desenvolvimento, ou agravamento da urticária.
  • Factores físicos desencadeantes: fatores como o calor, o frio, a pressão, a luz solar ou o exercício físico podem provocar urticária em algumas pessoas, uma condição conhecida como urticária física.
  • Stress emocional: O stress e a ansiedade podem exacerbar a urticária em alguns casos, uma vez que podem provocar a libertação de histamina e de outras substâncias inflamatórias.
  • Álcool e cafeína: O consumo de álcool ou cafeína pode agravar a urticária em alguns indivíduos, uma vez que podem aumentar a libertação de histamina e o fluxo sanguíneo para a pele.

Como saber se a urticária é emocional?

 

  • Tempo: Se a urticária aparecer ou se agravar constantemente durante períodos de maior stress, ansiedade ou alterações emocionais, isso pode indicar um estímulo emocional.
  • Outros sintomas: A urticária emocional pode ser acompanhada por outros sintomas relacionados com o stress, como dores de cabeça, tensão muscular, perturbações do sono ou problemas digestivos.
  • Ausência de outros fatores desencadeantes: se tiverem sido excluídos fatores desencadeantes comuns, como alergénios, medicamentos ou infecções, e a urticária persistir, pode valer a pena considerar o papel dos fatores emocionais.
  • Evolução com o auxílio de gestão do stress: Se a urticária melhorar com técnicas de redução do stress, como exercícios de relaxamento, meditação ou terapia, isso pode sugerir um componente emocional.

Clube de Vantagens

*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Publicada em: 04 de Abril de 2016
Modificada em: 15 de Dezembro de 2023

 

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palavra do dermatologista

DRA. VANESSA METZ
CRM: 52794953

Dra. Vanessa Metz é especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, formada em medicina pela Faculdade Souza Marques e pós-graduada em dermatologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Foi vice-presidente da Associação dos Dermatologistas da UERJ (ADUERJ) no ano de 2009 e professora substituta do serviço de Dermatologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto no ano de 2010. É sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e membro da Academia Americana de Dermatologia (AAD). Está em constante atualização participando de cursos e congressos no Brasil e exterior para trazer aos seus pacientes o que há de mais moderno.
 
 
 

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DRA. VANESSA METZ
CRM: 52794953

Dra. Vanessa Metz é especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, formada em medicina pela Faculdade Souza Marques e pós-graduada em dermatologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Foi vice-presidente da Associação dos Dermatologistas da UERJ (ADUERJ) no ano de 2009 e professora substituta do serviço de Dermatologia do Hospital Universitário Pedro Ernesto no ano de 2010. É sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e membro da Academia Americana de Dermatologia (AAD). Está em constante atualização participando de cursos e congressos no Brasil e exterior para trazer aos seus pacientes o que há de mais moderno.
 
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