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Acne neonatal: o que é, como surge e quais tratamentos?

Saiba tudo sobre a acne neonatal com o Dermaclub! Descubra o que é, causas, sintomas e tratamentos eficazes.
22 abr 2021

Não é novidade que a acne é uma das condições de pele mais comuns entre jovens e adultos. Mas você sabia que ela também pode aparecer em bebês? A pele delicada dos recém-nascidos pode às vezes apresentar pequenas surpresas, como a acne neonata que pode se manifestar em diferentes partes do corpo, como no rosto, testa, cabeça e costas.

Mas não se preocupe, o Dermaclub está aqui para ajudá-lo a entender tudo sobre essa condição comum de pele. A acne neonatal é uma condição temporária que afeta muitos bebês e, embora possa parecer preocupante, geralmente é inofensiva e desaparece por conta própria. Para descobrir como tratar espinhas desse tipo, o Dermaclub conversou com a dermatologista Carolina Marçon que revelou os motivos por trás dessas marquinhas e as melhores formas de cuidar da pele dos bebês. Confira!

Índice

O que é acne neonatal?

A acne neonatal é uma condição cutânea comum que afeta recém-nascidos, geralmente se manifestando entre duas a quatro semanas após o nascimento. Caracteriza-se pela presença de pequenas erupções vermelhas ou brancas na pele do bebê, semelhantes aos cravos e espinhas que podem surgir na adolescência ou na idade adulta. Ou seja, nada mais é do que bolinhas vermelhas pequenas que surgem nos bebês.

Embora possa parecer alarmante para os novos pais, o Dermaclub assegura que a acne neonatal não apresenta riscos e, na maioria dos casos, desaparece por conta própria sem necessidade de tratamento específico. Segundo a dermatologista, a acne neonatal “é um tipo de acne mais comumente durante o primeiro mês após o nascimento do bebê, mas que também pode se estender até os seis meses de idade”, afirma a Drª Carolina.

Geralmente, o quadro surge em regiões como rosto, pescoço e costas, mas também pode se espalhar pelo corpo todo. Além disso, vale ressaltar que esse tipo de acne é resultado de uma alteração normal da pele do bebê e, por isso, não costuma causar dores ou incômodo.

Quais são as causas da acne neonatal?

A acne neonatal é normalmente causada por uma combinação de fatores, sendo o principal deles a influência dos hormônios maternos. Durante a gravidez, os hormônios da mãe são passados para o bebê através da placenta. Esses hormônios, em particular os andrógenos, estimulam as glândulas sebáceas na pele do bebê.

As glândulas sebáceas produzem sebo, um tipo de óleo que ajuda a proteger e hidratar a pele. No entanto, quando essas glândulas são estimuladas pelos hormônios maternos, elas podem produzir sebo em excesso. Esse excesso de sebo pode levar ao bloqueio dos poros da pele, resultando na formação de acne.

Outro fator que pode contribuir para a acne neonatal é a presença de leveduras na pele. As leveduras são um tipo de fungo que vive naturalmente na pele de todos nós. Em alguns casos, elas podem proliferar e contribuir para a inflamação da pele, levando à acne.

Sendo assim, é importante observar a pele do bebê e ao notar qualquer sinal desse tipo de acne procurar um dermatopediatra para descartar outras possíveis condições.

Como saber se é acne neonatal?

Identificar a acne neonatal pode ser um pouco desafiador, especialmente para os novos pais. Esta condição se manifesta como pequenas erupções cutâneas que podem aparecer nas bochechas, nariz, testa e, às vezes, no couro cabeludo do bebê. Essas erupções são semelhantes às espinhas comuns em adolescentes e adultos, podendo ser vermelhas ou ter uma pequena cabeça branca.

Bebê recém-nascido com acne neonatal nas bochechas

No entanto, é importante diferenciar a acne neonatal de outras condições de pele que também podem causar erupções cutâneas em recém-nascidos, como milia (pequenos cistos brancos), dermatite seborreica (caspa) ou eritema tóxico (erupção benigna comum em recém-nascidos).

Se você notar erupções cutâneas no rosto do seu bebê e não tiver certeza se é acne neonatal, o Dermaclub recomenda que você consulte um pediatra ou dermatologista. Eles poderão fazer um diagnóstico preciso e orientá-lo sobre as melhores práticas de cuidados com a pele para o seu bebê.

A acne neonatal é perigosa?

A acne neonatal não é perigosa e, na maioria dos casos, é uma condição temporária que se resolve por conta própria. Ela não causa desconforto ou dor ao bebê e não deixa cicatrizes.

No entanto, se a acne parecer severa, estiver se espalhando para outras partes do corpo além do rosto, ou persistir por mais de três meses, é importante procurar orientação médica. Embora seja raro, isso pode indicar uma condição de pele mais séria ou um desequilíbrio hormonal.

Como tratar acne neonatal?

Por se tratar de uma alteração normal da pele do bebê, a acne neonatal não possui tratamento e costuma ser resolvida de forma espontânea em duas a três semanas. Ainda assim, a dermatologista alerta: “Se a acne não sumir dentro desse período, é importante consultar um especialista. Isso porque existem muitos outros quadros que surgem precocemente na criança e que podem ser confundidos com a acne neonatal”. Sendo assim, a consulta com esse especialista é a única forma eficaz de garantir um diagnóstico mais preciso.

Segundo a médica, além de não espremer a espinha, existem outros cuidados que devem ser mantidos com a acne neonatal. O uso de água e sabão neutro para higienizar a região afetada, por exemplo, é o principal deles. Vestir o bebê com roupas de algodão adequadas à estação do ano, evitando tecidos sintéticos ou muito quentes, também é uma medida importante para amenizar o quadro.

Outro hábito necessário é evitar o uso de cremes com parabenos, fragrância e outras substâncias alergênicas na pele, especialmente no local onde possui a acne, já que a atitude pode provocar aumento das espinhas e agravar o quadro.

O Lipikar Baume AP+ da La Roche-Posay, por exemplo, é um hidratante adequado para ser utilizado em recém-nascidos, ele reequilibra o microbioma e restaura a barreira da pele, além de contar com ação calmante, promover alívio imediato e reduzir a coceira.

Além disso, lembre-se de limpar a saliva ou leite sempre que o bebê golfa, não deixando que seque na pele e contribua para o surgimento da acne neonatal.

Como evitar a acne neonatal?

Diferente da acne que surge durante a adolescência e a fase adulta, a acne neonatal não possui uma série de causas diferentes. Na verdade, de acordo com a dermatologista, o motivo por trás dessa condição é bem simples: a troca de hormônios entre a mãe e o bebê durante a gestação. Justamente por isso, a acne neonatal é um quadro que não possui quaisquer medidas de prevenção.

Quanto tempo dura a acne neonatal?

A acne neonatal geralmente começa a aparecer entre duas a quatro semanas após o nascimento e, na maioria dos casos, desaparece por conta própria dentro de alguns meses. No entanto, em alguns bebês, pode persistir um pouco mais. Se a acne do seu bebê durar mais de três meses ou parecer particularmente severa, o Dermaclub recomenda que você consulte um dermatologista ou pediatra para descartar outras condições de pele.

Qual a diferença de acne neonatal e brotoeja?

Embora tanto a acne neonatal quanto a brotoeja possam causar erupções cutâneas nos recém-nascidos, elas são condições diferentes com causas distintas. A acne neonatal é causada pela estimulação das glândulas sebáceas pelos hormônios maternos, resultando em pequenas espinhas ou cravos no rosto do bebê.

Por outro lado, a brotoeja, também conhecida como miliária, é causada pelo bloqueio das glândulas sudoríparas, que produzem suor. Isso pode acontecer quando o bebê está muito quente e suado, como em dias quentes de verão ou se estiver agasalhado demais. A brotoeja se manifesta como pequenas bolhas ou manchas vermelhas, geralmente nas áreas do corpo onde a roupa fica mais apertada, como o pescoço, peito, costas e nas dobras da pele.

Bebê recém-nascido com brotoeja nas costas

Ambas as condições são temporárias e geralmente se resolvem por conta própria. No entanto, se você tiver alguma preocupação sobre a pele do seu bebê, não hesite em procurar orientação médica.

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*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Publicada em: 22 de Abril de 2021
Modificada em: 19 de Junho de 2024

 

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palavra do dermatologista

DRA. CAROLINA REATO MARÇON
CRM: 113.379

Especialização em Clínica Médica e Dermatologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Médica Colaboradora do Setor de Dermatologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Coordenadora do Programa Pró-Albino; Fellowship em Cosmiatria - Dr. Zoe Draelos, Carolina do Norte - EUA; Fellowship em Tricologia - Universidade de Bolonha, Itália - Prof. Antonella Tosti; Fellowship em Dermatoscopia e Microscopia Confocal - Universidade de Modena / Reggio Emilia, Itália; Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Academia Americana de Dermatologia e do Colégio Ibero-Latinoamericano de Dermatologia
 
 
 

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DRA. CAROLINA REATO MARÇON
CRM: 113.379

Especialização em Clínica Médica e Dermatologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Médica Colaboradora do Setor de Dermatologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Coordenadora do Programa Pró-Albino; Fellowship em Cosmiatria - Dr. Zoe Draelos, Carolina do Norte - EUA; Fellowship em Tricologia - Universidade de Bolonha, Itália - Prof. Antonella Tosti; Fellowship em Dermatoscopia e Microscopia Confocal - Universidade de Modena / Reggio Emilia, Itália; Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Academia Americana de Dermatologia e do Colégio Ibero-Latinoamericano de Dermatologia
 

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