Main content
Maos segurando uma animacao de um utero com HPV

HPV e câncer do colo do útero: o que é e como tratar

Aprenda tudo sobre HPV e como ele está relacionado ao câncer do colo do útero. Clique aqui para entender, prevenir e tratar.
27 set 2024

O Papilomavírus Humano, mais conhecido como HPV, é uma das infecções sexualmente transmissíveis mais comuns globalmente e tem um papel significativo na incidência de câncer do colo do útero. O Dermaclub, sempre comprometido em fornecer informações precisas e atualizadas sobre saúde e cuidados com a pele, vai explorar profundamente no tema HPV.

Vamos entender juntos o que é o HPV, suas causas, sintomas, como preveni-lo e tratá-lo. Além disso, discutiremos os fatores de risco para o desenvolvimento da doença e os diferentes tipos de HPV. Compreender esses aspectos é crucial para aumentar a conscientização e a prevenção contra essa doença. A informação é a nossa principal ferramenta na luta contra o HPV e o câncer do colo do útero. Então, vamos começar esta jornada de aprendizado com o Dermaclub.

Índice

O que é HPV?

O HPV, sigla para Papilomavírus Humano, é um grupo de vírus que engloba mais de 200 tipos diferentes. Esses vírus podem infectar a pele e as mucosas do corpo humano, como a boca, garganta, genitais e ânus.

Existem dois tipos principais de HPV: os de baixo risco, que geralmente causam verrugas na pele e nas mucosas, e os de alto risco, que são mais propensos a causar cânceres, incluindo o câncer do colo do útero, garganta, ânus e pênis.

É importante destacar que o HPV é uma infecção sexualmente transmissível (IST) muito comum. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a grande maioria das pessoas sexualmente ativas será infectada por pelo menos um tipo de HPV em algum momento de suas vidas. No entanto, a maioria das infecções por HPV não causam sintomas e desaparecem por conta própria sem levar a problemas de saúde graves.

Quais são as causas do HPV?

O HPV é causado pela infecção com o Papilomavírus Humano. A transmissão do vírus ocorre principalmente através do contato direto pele a pele durante relações sexuais, incluindo sexo vaginal, anal e oral. Também pode ser transmitido por meio de qualquer outro tipo de contato íntimo onde haja troca de fluidos corporais.

Embora menos comum, o HPV também pode ser transmitido de mãe para filho durante o parto. Isso pode levar a uma condição rara chamada papilomatose respiratória recorrente, em que tumores benignos crescem nas vias aéreas da criança.

É importante notar que o HPV não é transmitido pelo sangue ou outros fluidos corporais além dos genitais. Além disso, o vírus pode sobreviver por um curto período de tempo em superfícies, portanto, há uma pequena chance de contrair o vírus em áreas como banheiros públicos ou vestiários, embora essa forma de transmissão seja muito rara.

Quais são os sintomas do HPV?

Muitas pessoas infectadas com HPV não apresentam sintomas, o que torna a transmissão do vírus ainda mais fácil. No entanto, quando os sintomas ocorrem, eles variam dependendo do tipo de HPV.

Os tipos de HPV de baixo risco geralmente causam verrugas na pele ou nas mucosas. As verrugas podem aparecer em várias partes do corpo, incluindo mãos, pés e área genital. As verrugas genitais são geralmente pequenas saliências ou grupos de saliências na área genital de homens e mulheres.

Os tipos de HPV de alto risco são os mais preocupantes, pois podem levar ao desenvolvimento de vários tipos de câncer. Esses tipos de HPV geralmente não causam sintomas até que o câncer esteja bastante avançado. Os sintomas do câncer podem variar dependendo da localização do câncer, mas podem incluir sangramento anormal (particularmente após a relação sexual para o câncer de colo do útero), dor durante a relação sexual, feridas que não cicatrizam, dor de garganta persistente, entre outros.

Por isso, é extremamente importante realizar exames regulares, como o Papanicolau para as mulheres, que pode detectar alterações precoces no colo do útero causadas pelo HPV antes que elas se transformem em câncer.

Como prevenir o HPV?

A prevenção do HPV envolve várias estratégias, sendo a mais eficaz a vacinação. Existem vacinas disponíveis que protegem contra os tipos mais comuns de HPV de alto risco, responsáveis pela maioria dos casos de câncer do colo do útero, bem como contra os tipos que causam verrugas genitais. A vacina é recomendada para meninos e meninas pré-adolescentes, mas também pode ser administrada em adultos.

Além da vacinação, outras medidas preventivas incluem o uso correto e consistente de preservativos durante as relações sexuais pode reduzir o risco de contrair HPV. No entanto, os preservativos não oferecem proteção completa, pois o HPV pode infectar áreas não cobertas por eles.

Para as mulheres, exames regulares de Papanicolau podem ajudar a detectar precocemente alterações no colo do útero causadas pelo HPV antes que elas se transformem em câncer.

Como tratar o HPV?

O tratamento do HPV depende dos sintomas que o vírus está causando. Em muitos casos, o sistema imunológico da pessoa consegue eliminar o vírus por conta própria e nenhum tratamento é necessário. No entanto, quando o HPV causa verrugas ou lesões pré-cancerosas, existem várias opções de tratamento disponíveis:

  • Tratamento de verrugas: As verrugas podem ser tratadas com medicamentos tópicos prescritos pelo médico. Além disso, as verrugas genitais também podem ser removidas através de procedimentos como crioterapia (congelamento), eletrocauterização (queimação) ou cirurgia a laser. Sempre com recomendação e acompanhamento de um médico especialista.
  • Tratamento de lesões pré-cancerosas: Lesões pré-cancerosas no colo do útero detectadas em um exame de Papanicolau podem ser tratadas com procedimentos cirúrgicos para remover as células anormais e prevenir o desenvolvimento de câncer.
  • Tratamento do câncer: Se o HPV levar ao desenvolvimento de câncer, o tratamento pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou uma combinação desses métodos.

É importante lembrar que mesmo após o tratamento, o HPV pode permanecer no corpo e as verrugas ou lesões pré-cancerosas podem voltar. Por isso, é essencial manter consultas regulares com o médico e seguir todas as recomendações de prevenção.

Quais são os fatores de risco para o desenvolvimento do HPV?

A infecção pelo HPV é uma realidade para muitas pessoas ao redor do mundo, mas existem certos fatores que podem aumentar o risco de contrair este vírus. Compreender esses fatores de risco é um passo crucial na prevenção da doença. É importante lembrar que ter um ou mais desses fatores de risco não significa que você definitivamente contrairá HPV, mas indica que você pode estar em maior risco. Alguns dos fatores mais comuns incluem:

  • Atividade sexual precoce: Iniciar a atividade sexual em uma idade jovem pode aumentar o risco de contrair HPV porque geralmente está associado a um maior número de parceiros sexuais ao longo da vida e a um sistema imunológico ainda em desenvolvimento, que pode não ser capaz de combater efetivamente o vírus.
  • Múltiplos parceiros sexuais: Quanto maior o número de parceiros sexuais, maior o risco de contrair diferentes tipos de HPV.
  • Sistema imunológico enfraquecido: Pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos, como aquelas com HIV ou que passaram por transplante de órgãos, estão em maior risco de contrair HPV. Isso ocorre porque seu sistema imunológico pode não ser capaz de combater o vírus de maneira eficaz.
  • Danos na pele: Cortes ou feridas na pele podem facilitar a entrada do vírus no corpo. O HPV infecta as células da pele e das mucosas, portanto, qualquer dano nessas áreas pode fornecer um ponto de entrada para o vírus.
  • Outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs): Ter outra IST pode aumentar o risco de contrair HPV, porque as ISTs muitas vezes causam alterações ou danos nas células da pele e das mucosas, que podem torná-las mais suscetíveis à infecção pelo HPV.
  • Tabagismo: O tabagismo pode afetar o sistema imunológico, tornando mais difícil para o corpo combater infecções pelo HPV. Além disso, estudos mostraram que o tabaco pode ajudar o HPV a persistir no organismo, aumentando o risco de desenvolver câncer.

É importante lembrar que qualquer pessoa que seja sexualmente ativa pode contrair HPV, mesmo que tenha tido apenas um parceiro sexual. Portanto, é essencial tomar medidas preventivas, como vacinação e uso de preservativos, para reduzir o risco de contrair HPV.

Quais são os tipos de HPV?

Existem mais de 200 tipos diferentes de HPV, mas nem todos apresentam o mesmo risco para a saúde. Eles são classificados em dois grupos principais: HPV de baixo risco e HPV de alto risco.

HPV de baixo risco: Esses tipos de HPV geralmente causam verrugas na pele ou nas mucosas. As verrugas podem aparecer em várias partes do corpo, incluindo mãos, pés e área genital. Os tipos 6 e 11 são os mais comuns nesta categoria e são responsáveis pela maioria das verrugas genitais.

HPV de alto risco: Esses tipos de HPV têm maior probabilidade de levar ao desenvolvimento de câncer. Os tipos 16 e 18 são os mais perigosos e são responsáveis por cerca de 70% de todos os casos de câncer do colo do útero, segundo o Instituto Nacional de Câncer - INCA. Outros tipos de alto risco incluem os tipos 31, 33, 45, 52 e 58.

É importante notar que ter um tipo de HPV de alto risco não significa que você definitivamente desenvolverá câncer. Muitas pessoas carregam esses tipos de HPV sem nunca desenvolver câncer, pois o sistema imunológico geralmente consegue controlar o vírus. No entanto, em alguns casos, o vírus pode persistir e causar alterações nas células que podem eventualmente levar ao câncer.

Como o HPV é transmitido?

O HPV é transmitido principalmente por meio de atividades sexuais. Isso ocorre através do contato direto pele a pele ou com as mucosas genitais. Mesmo que a pessoa infectada não apresente sintomas visíveis, ela ainda pode transmitir o vírus.

Em casos menos comuns, uma mãe infectada pode transmitir o HPV para seu filho durante o parto, conforme citamos anteriormente. E embora seja extremamente raro, existe uma pequena possibilidade de contrair o vírus em locais como banheiros públicos ou vestiários, pois o vírus pode sobreviver por um curto período em superfícies. No entanto, é importante enfatizar que o HPV não é transmitido pelo sangue ou outros fluidos corporais que não sejam genitais.

O HPV tem cura?

Embora o HPV seja uma infecção viral e não tenha uma "cura" no sentido convencional, muitas pessoas conseguem eliminar o vírus de seus sistemas com o tempo graças à ação do sistema imunológico. Nesses casos, a infecção se resolve por si só.

No entanto, quando o HPV causa sintomas como verrugas ou lesões pré-cancerosas, esses problemas podem ser tratados. As verrugas podem ser eliminadas com medicamentos tópicos ou procedimentos cirúrgicos, enquanto as lesões pré-cancerosas podem ser removidas para evitar a progressão para câncer.

Apesar desses tratamentos poderem resolver os sintomas causados pelo HPV, eles não eliminam o vírus em si. Isso significa que mesmo após o tratamento, existe a possibilidade de recorrência dos sintomas. Além disso, o tratamento não impede novas infecções pelo HPV. Por isso, é fundamental manter práticas preventivas, como a vacinação contra o HPV e o uso de preservativos durante as relações sexuais.

O Dermaclub acredita que a informação é a chave para a saúde e o bem-estar. Portanto, sempre se informe com o seu médico e incentive seus amigos, familiares e parceiros a se informarem também. Juntos, podemos trabalhar para prevenir o HPV e proteger nossa saúde.

Banner Dermaclub, seu clube de vantagens

*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

Orientation message
For the best experience, please turn your device