A urticária colinérgica, um tipo comum de urticária que afeta principalmente jovens e adolescentes, pode causar lesões avermelhadas, coceira e bastante incômodo. Frequentemente associada a fatores como estresse, essa condição ainda gera muitas dúvidas.
Para entender melhor suas causas, sintomas e tratamentos, conversamos com a Dra. Lilian Guadanhim, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. A especialista esclarece tudo o que você precisa saber sobre a urticária colinérgica, desde os gatilhos até as melhores práticas para controlar e aliviar os sintomas.
Índice
- O que é urticária colinérgica?
- Diferenças entre urticária colinérgica e outros tipos de urticária
- Causas e fatores desencadeantes da urticária colinérgica
- Sintomas da urticária colinérgica
- Como é feito o diagnóstico da urticária colinérgica?
- Tratamentos para a urticária colinérgica
- Prevenção e controle dos fatores desencadeantes
- Quanto tempo dura a urticária colinérgica?
- Urticária colinérgica pode ser emocional?
- Quando procurar ajuda médica especializada?
O que é urticária colinérgica?
De acordo com a dermatologista, a urticária colinérgica é uma variação crônica e induzida da doença de pele. Nesse caso, os pacientes apresentam lesões avermelhadas e inchadas em diferentes partes do corpo, principalmente nos braços e no tronco, que causam coceira e incômodo. “Especialmente nesse tipo de urticária, as lesões aparecem poucos minutos após o estímulo responsável pela alergia e desaparecem em até uma hora sem deixar marcas”, explica a profissional. No entanto, vale ressaltar que, em alguns casos de urticária colinérgica, pode surgir apenas coceira ou pinicação sem lesões, o que é chamado de prurido colinérgico.
Diferenças entre urticária colinérgica e outros tipos de urticária
Ao contrário de outros tipos de urticária, como a causada por alimentos ou medicamentos, a urticária colinérgica é desencadeada pelo aumento da temperatura corporal interna. Este aumento pode ser causado por exercícios físicos, banhos quentes, estresse emocional, ou mesmo o consumo de alimentos quentes ou apimentados.
A principal diferença reside no gatilho: enquanto outras urticárias são reações a substâncias externas, a colinérgica é uma resposta do organismo ao próprio calor. Outra distinção importante é o tamanho das lesões: na urticária colinérgica, as pápulas tendem a ser menores e mais numerosas do que em outros tipos de urticária.
Causas e fatores desencadeantes da urticária colinérgica
Diferente dos outros tipos de urticária, a colinérgica pode ser causada por diversos motivos que vão desde questões emocionais à aumento de temperatura corporal. “O aumento de temperatura corporal em situações cotidianas, como atividades físicas e banhos quentes, podem estimular o surgimento da urticária colinérgica”, revela a profissional.
Por outro lado, alguns fatores emocionais, como estresse e ansiedade, também podem estar relacionados com o surgimento do quadro. Além disso, o consumo excessivo de bebidas e alimentos quentes ou apimentados - que tendem a contribuir para o aumento da temperatura do corpo - também são possíveis agentes causadores desse tipo de urticária.
Sintomas da urticária colinérgica
A urticária colinérgica se caracteriza por uma reação cutânea específica, desencadeada pelo aumento da temperatura corporal. Os sintomas podem variar em intensidade, desde um leve desconforto até uma coceira extremamente incômoda. Geralmente, as manifestações surgem minutos após a exposição ao fator desencadeante e desaparecem em até uma hora, sem deixar marcas na pele.
Aqui estão os principais sintomas que você deve observar:
- Pápulas ou urticas: Pequenas lesões avermelhadas e elevadas na pele, semelhantes a picadas de inseto. Elas podem ser numerosas e causar coceira intensa.
- Coceira (prurido): Sensação de coceira na pele, que pode variar de leve a intensa e insuportável. Em alguns casos, a coceira pode ocorrer sem o aparecimento das lesões visíveis (prurido colinérgico).
- Localização: As pápulas geralmente aparecem no tronco, pescoço, braços e pernas, mas podem se espalhar para outras áreas do corpo.
- Duração: Os sintomas costumam desaparecer em até uma hora após o início da reação, sem deixar cicatrizes ou marcas.
Como é feito o diagnóstico da urticária colinérgica?
Ao notar o surgimento dos principais sintomas da urticária colinérgica, o primeiro passo é buscar um especialista para garantir o diagnóstico correto e, dessa forma, iniciar o tratamento recomendado.
Nesse caso, a avaliação costuma ser clínica e, na maioria das vezes, é feita durante a consulta com um dermatologista ou alergista. “Se o paciente tem histórico de lesões vermelhas e inchadas, tentar fotografar essas marcas para mostrar ao profissional pode facilitar o diagnóstico desse tipo de urticária na pele”, aconselha a Dra. Lilian.
Tratamentos para a urticária colinérgica
Depois de diagnosticada, a urticária colinérgica requer alguns cuidados para amenizar as lesões e outros sintomas causados pela alergia na pele. “Em geral, o tratamento é feito com medicamentos antialérgicos que podem ser usados durante o surgimento dos sintomas ou esporadicamente antes do fator estimulante, como as atividades físicas”, conta a especialista.
Além disso, é importante que o paciente tente evitar situações que funcionam como gatilho para esse tipo de urticária até que as lesões estejam totalmente controladas.
Prevenção e controle dos fatores desencadeantes
A chave para controlar a urticária colinérgica está em identificar e evitar os fatores que desencadeiam o aumento da temperatura corporal. Adotar algumas mudanças no estilo de vida e incorporar práticas de relaxamento podem ser estratégias eficazes para minimizar as crises e melhorar a qualidade de vida.
Dicas práticas para prevenir a urticária colinérgica:
- Exercícios: Prefira atividades físicas de baixa intensidade e pratique em ambientes frescos e arejados.
- Banho: Evite banhos muito quentes e prefira água morna ou fria.
- Estresse: Pratique técnicas de relaxamento, como ioga, meditação ou respiração profunda, para controlar o estresse e a ansiedade.
- Alimentação: Modere o consumo de alimentos e bebidas quentes ou apimentados.
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Quanto tempo dura a urticária colinérgica?
A duração da urticária colinérgica é variável. Em alguns casos, ela pode ser temporária, desaparecendo após algumas semanas ou meses. Em outros, pode persistir por anos, tornando-se uma condição crônica.
A identificação e o controle dos fatores desencadeantes são essenciais para reduzir a frequência e a intensidade das crises, melhorando a qualidade de vida do paciente.
Urticária colinérgica pode ser emocional?
Embora o gatilho direto da urticária colinérgica seja o aumento da temperatura corporal, fatores emocionais como estresse e ansiedade podem indiretamente desencadear ou agravar os sintomas. Situações de forte emoção podem levar a alterações fisiológicas, incluindo o aumento da temperatura corporal, que por sua vez, desencadeia a liberação de histamina e o aparecimento das urticas.
Portanto, o manejo do estresse e a busca por equilíbrio emocional são importantes para o controle da urticária colinérgica.
Quando procurar ajuda médica especializada?
É fundamental procurar um dermatologista ou alergista ao perceber os primeiros sintomas de urticária colinérgica. O diagnóstico precoce permite o início do tratamento adequado, minimizando o desconforto e prevenindo complicações.
A automedicação deve ser evitada, pois pode mascarar os sintomas ou agravar o quadro. O especialista poderá avaliar a situação, identificar os gatilhos e prescrever o tratamento mais indicado para cada caso.
*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Publicada em: 07 de Julho de 2021
Modificada em: 19 de Fevereiro de 2025

palavra do dermatologista
DRA. LILIA GUADANHIM
CRM: 133850
Formação em Medicina, Residência Médica em Dermatologia e Especialização em Cosmiatria pela Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo. Possui título de Especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e Associação Médica Brasileira, além de ser membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da International Dermoscopy Society. Tem especializações em Cosmiatria - Toxina Botulínica e Preenchimento na França e Dermatoscopia - Oncologia Cutânea na Itália. É médica colaboradora da Unidade de Cosmiatria da Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo.palavra do dermatologista
