As manchas na pele são alterações que afetam milhões de pessoas e podem surgir por diversos fatores, desde a exposição solar até condições médicas específicas, porém, há uma característica comum entre elas: todas são agravadas com a exposição excessiva ao sol. Por isso, o Dermaclub conversou com a dermatologista Dra. Juliana de Almeida e juntos iremos responder todas as suas perguntas sobre o tema!
Compreender a origem das manchas é fundamental para definir o tratamento adequado e prevenir seu aparecimento. Por isso, reunimos informações essenciais sobre os diferentes tipos de manchas - desde as mais comuns, como melasma e manchas solares, até condições que requerem atenção médica imediata. Aqui você encontrará explicações detalhadas sobre causas, sintomas e as melhores opções de tratamento, incluindo produtos dermatológicos específicos para cada situação.
Índice
- Manchas na pele: dermatologista explica causas e tratamentos
- Como surgem as manchas na pele?
- Causas comuns de manchas na pele
- Exposição prolongada ao sol: danos e manchas na pele
- Alterações hormonais: desequilíbrios e manchas brancas
- Envelhecimento: o surgimento de manchas com a idade
- Manchas na pele causadas por doenças e condições de pele
- Vitiligo: doença autoimune que causa despigmentação
- Melasma: manchas escuras comuns em mulheres
- Acne: manchas vermelhas e escuras após a cicatrização
- Dermatite e alergias: manchas vermelhas e descamação
- Doenças sistêmicas que podem causar manchas na pele
- Diabetes: complicações na pele e manchas brancas
- Deficiência de vitaminas: falta de nutrientes e manchas
- Esclerodermia: doença autoimune que pode causar manchas
- Tipos de manchas na pele
- Manchas brancas: pano branco, vitiligo e cicatrizes
- Manchas vermelhas: alergia, dermatite e manchas de acne
- Manchas marrons e escuras: melasma, efélides e melanoses
- Manchas roxas: púrpura e equimoses
- Manchas na pele que requerem atenção médica
- Melanoma: câncer de pele perigoso e sinais de alerta
- Manchas que mudam de tamanho, forma ou cor
- Manchas acompanhadas de outros sintomas
- Tratamentos para manchas na pele
- Tratamentos caseiros e mudanças no estilo de vida
- Dermocosméticos clareadores e esfoliantes
- Tratamentos médicos: laser, peelings e medicamentos
- Prevenção de manchas na pele
- Proteção solar diária: a chave para prevenir manchas
- Cuidados com a pele: limpeza, hidratação e esfoliação
Como surgem as manchas na pele?
A pele é o maior órgão do corpo humano e funciona como uma barreira protetora contra agentes externos. As manchas surgem quando há alterações na produção de melanina (pigmento responsável pela cor da pele) ou por mudanças na estrutura e funcionamento das células cutâneas. O processo de formação das manchas pode envolver diferentes mecanismos, dependendo do fator desencadeante.
“As manchas, na maioria das vezes, são resultados de uma produção aumentada de melanina, pigmento produzido pelos melanócitos, que são células da pele." relata a dermatologista Dra. Juliana de Almeida
Geralmente, as manchas na pele podem ser fruto de processos inflamatórios, como espinhas, machucados, queimaduras, exposição solar excessiva, procedimentos ou até reações causadas pelo uso de algum produto. Isso acontece principalmente em quem tem pele negra ou com facilidade para bronzeamento.
Funciona assim: “Você lesiona a pele, ela inflama e aí vai acontecer uma série de fatores que vão estimular o melanócito (célula responsável pela produção de melanina) naquela região, causando assim, a mancha”, relata a especialista.
Causas comuns de manchas na pele
As manchas na pele podem surgir por diversos fatores externos e internos que afetam diretamente a produção de melanina e a saúde cutânea. O Dermaclub identificou as causas mais frequentes que levam ao aparecimento dessas alterações. Entender a origem das manchas é fundamental para escolher o tratamento mais adequado e adotar medidas preventivas eficazes.
Entre as causas mais comuns, destacam-se a exposição solar sem proteção adequada, alterações hormonais (especialmente durante a gravidez), processos inflamatórios, uso de determinados medicamentos e o próprio processo natural de envelhecimento. Cada fator pode resultar em diferentes tipos de manchas, com características e tratamentos específicos. Confira!
Exposição prolongada ao sol: danos e manchas na pele
A radiação ultravioleta (UV) é um dos principais fatores ambientais que afetam a homeostase (equilíbrio) da pele. Quando a pele é exposta à radiação UV, especialmente UVA e UVB, desencadeia-se uma série de reações fotoquímicas e biológicas que podem resultar em alterações pigmentares tanto imediatas quanto tardias.
Os raios UVB (290-320nm) penetram principalmente na epiderme e são responsáveis pela produção imediata de melanina, resultando no bronzeamento direto. Já os raios UVA (320-400nm) penetram mais profundamente, atingindo a derme, e são responsáveis pelo bronzeamento tardio e pelo fotoenvelhecimento.
Alterações hormonais: desequilíbrios e manchas brancas
As flutuações hormonais, especialmente durante a gravidez, uso de anticoncepcionais ou terapia de reposição hormonal, podem desencadear o aparecimento de manchas. Isso acontece pois as flutuações hormonais afetam diretamente a produção de melanina devido à estreita relação entre os hormônios e os melanócitos (células produtoras de pigmento). Especificamente, os hormônios estrogênio e progesterona têm a capacidade de estimular a melanogênese - processo de produção e distribuição de melanina na pele.
Durante a gravidez, por exemplo, os níveis de estrogênio podem aumentar até 20 vezes em relação aos níveis normais. Este aumento significativo, somado à elevação da progesterona e do hormônio melanócito-estimulante (MSH), intensifica a atividade dos melanócitos. Como resultado, há uma hiperpigmentação localizada, principalmente nas áreas mais sensíveis aos hormônios, como o rosto.
O mesmo mecanismo ocorre com o uso de anticoncepcionais hormonais e terapias de reposição hormonal (TRH). Estes medicamentos contêm versões sintéticas de estrogênio e progesterona que, ao circularem no organismo, podem desencadear uma resposta semelhante nos melanócitos. Esta sensibilidade aumentada à melanogênese é ainda mais pronunciada quando há exposição solar concomitante, pois a radiação UV potencializa a ação dos hormônios sobre a pigmentação da pele.
Envelhecimento: o surgimento de manchas com a idade
O envelhecimento natural da pele, conhecido cientificamente como envelhecimento cronológico, provoca diversas alterações em nossa pele. A principal mudança ocorre na renovação celular, que se torna mais lenta com o passar dos anos. Como resultado, as células pigmentadas começam a se acumular em certas áreas, enquanto os melanócitos (células que produzem o pigmento da pele) trabalham de forma menos organizada.
Nossa pele também passa a produzir menos colágeno e elastina, proteínas essenciais para a sustentação e elasticidade cutânea. Com a pele mais fina, as alterações de cor ficam mais evidentes, manifestando-se principalmente como manchas senis (manchas da idade), além das queratoses seborreicas, que são crescimentos benignos (não cancerosos) que aparecem na pele.
Manchas na pele causadas por doenças e condições de pele
Algumas condições dermatológicas específicas podem resultar em diferentes tipos de manchas na pele. O diagnóstico preciso dessas condições é essencial para um tratamento efetivo, e o acompanhamento com um dermatologista é fundamental. Conheça as principais doenças que podem causar manchas:
Vitiligo: doença autoimune que causa despigmentação
O vitiligo é uma condição autoimune onde o sistema de defesa do corpo ataca por engano os melanócitos, células responsáveis pela produção de melanina (pigmento que dá cor à pele). Este processo resulta em manchas brancas bem delimitadas que podem surgir em qualquer área do corpo, sendo mais comuns em regiões como rosto, mãos, cotovelos e áreas de dobras.
A origem exata do vitiligo ainda não é totalmente compreendida pela ciência, mas sabe-se que fatores genéticos, estresse emocional e traumas físicos podem desencadear ou agravar a condição. Quando os melanócitos são destruídos, a área afetada perde completamente sua pigmentação natural, criando um contraste visível com a pele ao redor, que mantém sua coloração normal.
Embora não seja uma doença contagiosa nem cause danos físicos diretos à saúde, o vitiligo pode impactar significativamente a qualidade de vida dos pacientes. O tratamento moderno inclui medicamentos imunomoduladores, fototerapia e, em alguns casos, transplante de melanócitos.
Melasma: manchas escuras comuns em mulheres
O melasma é uma condição caracterizada por manchas acastanhadas que afetam principalmente mulheres em idade reprodutiva. Sua origem está intimamente ligada à interação entre hormônios femininos (especialmente estrogênio e progesterona) e a exposição solar, criando uma hiperpigmentação que se manifesta de forma simétrica no rosto
"O melasma também está relacionado à produção aumentada de melanina pelos melanócitos.” declara a Dra. Juliana.
O mecanismo de desenvolvimento do melasma envolve uma superestimulação dos melanócitos, que passam a produzir melanina em excesso, como dito pela especialista. Esta condição é particularmente comum durante a gravidez (conhecida como máscara gravídica), uso de anticoncepcionais hormonais e terapias de reposição hormonal. A predisposição genética e o fototipo mais alto também são fatores determinantes para seu surgimento e essa condição acontece com maior probabilidade na região das maçãs do rosto, buço e testa, podendo aparecer também em outros locais, como colo e braços, mas em casos mais raros.
O tratamento do melasma requer uma abordagem multifacetada e persistente, incluindo proteção solar rigorosa e uso de ativos despigmentantes. O Dermaclub disponibiliza produtos específicos das marcas Skinceuticals e La Roche-Posay, que contêm ingredientes como melasyl, ácido tranexâmico, ácido kójico e vitamina C, cientificamente comprovados na redução da hiperpigmentação e prevenção de novas manchas.
O Mela B3, por exemplo, é um sérum antimanchas inovador que combina 10% de niacinamida (vitamina B3) com o revolucionário ativo Melasyl, desenvolvido após 18 anos de pesquisas pela L'Oréal. O Melasyl funciona de uma maneira mais inteligente que os clareadores comuns, ele atua diretamente nos precursores da melanina, interrompendo a formação das manchas em seu estágio inicial, sendo mais eficiente em prevenir e reduzir as manchas, pois interrompe o problema na origem, e não apenas no final do processo, sem alterar o tom de pele.
Acne: manchas vermelhas e escuras após a cicatrização
A acne pode deixar dois tipos principais de marcas na pele, mesmo após a cura das espinhas: as manchas vermelhas (eritema pós-inflamatório) e as manchas escuras (hiperpigmentação pós-inflamatória). Isso acontece porque a inflamação causada pela acne desencadeia uma resposta do organismo que aumenta o fluxo sanguíneo local e estimula a produção excessiva de melanina.
Durante o processo inflamatório da acne, o corpo libera substâncias que dilatam os vasos sanguíneos (causando a vermelhidão) e ativam os melanócitos. É como se o sistema de defesa da pele ficasse em alerta máximo, produzindo mais pigmento como resposta ao "trauma" causado pela inflamação. Por isso, quanto mais intensa a inflamação da acne, maior a chance de desenvolver manchas.
Sobre esse tipo de mancha a Dra. afirma: "Existem outros tipos de manchas, como as manchas pós-acne, que não são necessariamente causadas por um aumento da pigmentação. Elas ocorrem porque houve um processo inflamatório, como uma espinha, que resultou em um derrame pigmentar. Ou seja, o pigmento que estava na pele devido à inflamação se deposita mais profundamente, manchando a pele. Isso é diferente das manchas como melanose, efélides e melasma."
Manchas de pós-acne geralmente são escuras e costumam aparecer depois do processo inflamatório da acne. No início, são manchas avermelhadas, mas com o tempo, e sem o auxílio de protetores solares, podem se tornar amarronzadas graças a ação dos raios solares.
O segredo está em começar o tratamento o quanto antes e evitar manipular as lesões de acne, pois quanto maior a inflamação, mais difícil será o tratamento das manchas residuais. Utilize produtos específicos para tratar essas manchas e procure por ativos que auxiliem a reduzir os desconfortos da pele, hidratar e também ajudar a corrigir as marcas de acne, como é o caso do Phytocorrective da SkinCeuticals, que combina extratos botânicos calmantes com ácido hialurônico e glicerina em sua formulação.
Dermatite e alergias: manchas vermelhas e descamação
As dermatites são reações inflamatórias da pele que se manifestam através de manchas vermelhas, coceira e descamação. Quando nosso sistema imunológico identifica uma substância como "ameaça" - seja um produto cosmético, alimento ou até mesmo o estresse - desencadeia uma resposta inflamatória que dilata os vasos sanguíneos e aumenta a sensibilidade local.
Existem diferentes tipos de dermatite, como a atópica (tendência genética à pele sensível), a de contato (reação a substâncias específicas) e a seborreica (relacionada à produção excessiva de oleosidade). Em todos os casos, ocorre uma alteração na barreira cutânea, tornando a pele mais vulnerável a irritações e desencadeando o ciclo de inflamação-coceira-descamação.
A Dra. Juliana de Almeida reforça ainda a diferença da dermatite para manchas convencionais: "Teoricamente, as manchas são derivadas de pigmentos. Mas há também dermatites e alergias, que geralmente se manifestam com lesões avermelhadas. Na verdade, essas não são manchas, mas sim lesões com volume e certo relevo, conhecidas como eczemas. Estas são reações alérgicas que coçam, descamam e ficam avermelhadas. Tecnicamente, considerando a nomenclatura da dermatologia, elas não são manchas. São pápulas e lesões. As manchas não têm relevo, enquanto essas lesões de dermatite têm."
As alergias na pele são reações alérgicas que afetam a pele e podem se manifestar com sintomas como vermelhidão, coceira, inchaço, erupções cutâneas, bolhas e descamação da pele, principalmente no rosto, mãos, braços, pernas e tronco. As alergias podem ser desencadeadas por uma série de fatores, por isso é importante que você procure um médico especialista em alergias.
O tratamento aqui geralmente foca em acalmar a inflamação, restaurar a proteção natural da pele e evitar novos episódios através da identificação e eliminação dos fatores desencadeantes. Por isso, é importante manter a pele sempre hidratada e utilizar produtos com ativos calmantes e reparadores da barreira cutânea, como o Lipikar Baume AP+M da La Roche Posay, ele restaura o microbioma da pele e promove alívio imediato reduzindo a coceira, além de ajudar a espaçar as crises de ressecamento extremo.
Doenças sistêmicas que podem causar manchas na pele
A pele funciona como um espelho do nosso organismo, frequentemente sinalizando condições de saúde que afetam todo o corpo. Quando alterações internas significativas ocorrem, a pele pode manifestar sinais visíveis através de diferentes tipos de manchas, alterações de textura e coloração.
Diversas doenças sistêmicas podem se manifestar através de alterações cutâneas antes mesmo de outros sintomas aparecerem. O Dermaclub ressalta a importância de estar atento a essas manifestações cutâneas, pois elas podem ser o primeiro sinal de uma condição que necessita de investigação médica. Embora existam produtos específicos para tratar as manchas, é fundamental identificar e tratar a causa base para garantir resultados efetivos e duradouros.
Diabetes: complicações na pele e manchas brancas
A diabetes afeta diretamente a saúde da pele através de alterações na microcirculação e no metabolismo celular. Quando os níveis de glicose permanecem elevados, ocorre um processo chamado glicação - onde o açúcar se liga às proteínas da pele, principalmente o colágeno, alterando sua estrutura e função.
A manifestação mais comum é a acantose nigricans, que se apresenta como manchas escuras e aveludadas, principalmente nas dobras do pescoço, axilas e virilha. Esta condição está fortemente relacionada à resistência à insulina e frequentemente aparece antes mesmo do diagnóstico de diabetes.
Deficiência de vitaminas: falta de nutrientes e manchas
Carências nutricionais específicas podem se manifestar através de alterações na pigmentação da pele. A deficiência de vitamina B12, por exemplo, pode causar hiperpigmentação em áreas expostas ao sol, enquanto a falta de vitamina C pode resultar em pequenas manchas roxas devido à fragilidade dos vasos sanguíneos.
A deficiência de niacina (vitamina B3) pode provocar uma condição chamada pelagra, caracterizada por manchas avermelhadas e descamativas. Estas alterações ocorrem porque as vitaminas são essenciais para o funcionamento normal das células da pele e sua falta interfere diretamente na produção de melanina e na saúde dos vasos sanguíneos.
Esclerodermia: doença autoimune que pode causar manchas
A esclerodermia é uma doença autoimune que afeta o tecido conjuntivo, causando endurecimento da pele e alterações na pigmentação. O processo inflamatório característico da doença leva a mudanças na produção de colágeno e na circulação sanguínea local.
As manchas na esclerodermia frequentemente apresentam um padrão característico conhecido como "sal e pimenta", com áreas mais claras e mais escuras. Isso acontece devido à destruição dos melanócitos em algumas regiões e ao acúmulo de pigmento em outras, resultado da inflamação crônica e das alterações vasculares.
Tipos de manchas na pele
As manchas na pele podem se apresentar em diferentes cores e padrões, cada uma indicando uma causa específica. Compreender essas características é fundamental para o diagnóstico correto e a escolha do tratamento mais adequado. O Dermaclub, junto à nossa dermatologista especialista Dra.Juliana, apresenta os principais tipos de manchas que podem surgir na pele.
Manchas brancas: pano branco, vitiligo e cicatrizes
As manchas brancas na pele podem ser por diversos fatores, desde fungos, como a micose até o desenvolvimento de vitiligo, doença autoimune muito conhecida por despigmentar a pele em manchas. Podendo ocorrer em qualquer parte do corpo, elas são frequentemente observadas em áreas mais expostas ao sol, como rosto, mãos, braços e pernas, fator este que pode piorar dependendo do caso, conforme ressalta a médica.
“As manchas brancas, conhecidas como leucodermia solar, geralmente aparecem nos braços e pernas daqueles que tiveram muita exposição solar ao longo da vida. Elas ocorrem devido a uma falha ou fadiga dos melanócitos, as células que produzem o pigmento na pele, resultando em áreas desprovidas de pigmento.”
A prevenção e o tratamento de manchas brancas na pele dependem da causa específica, por isso o Dermaclub indica sempre a procura de auxílio médico para ter um diagnóstico correto do seu problema.
Manchas vermelhas: alergia, dermatite e manchas de acne
Manchas vermelhas na pele podem ter diversas causas, incluindo alergias, irritações, infecções virais, erupções cutâneas e rosácea. Podem ocorrer em todas as áreas do corpo, dependendo diretamente de cada causa, que também irá ditar se a exposição solar pode piorar as manchas vermelhas, especialmente se elas estiverem associadas a condições sensíveis à luz solar, como a rosácea.
A coloração avermelhada é resultado da dilatação dos vasos sanguíneos próximos à superfície da pele, geralmente associada a processos inflamatórios. Nas alergias e dermatites, essa resposta é desencadeada por irritantes externos ou condições autoimunes. No caso da acne, a inflamação pode deixar manchas vermelhas persistentes mesmo após a cura das lesões.
Faça do uso do protetor solar um hábito diário e mantenha sempre a pele bem hidratada, tanto interna, bebendo água várias vezes por dia, quanto externa, se utilizando de bons hidratantes.
Manchas marrons e escuras: melasma, efélides, manchas senis e melanoses
“As manchas marrons na pele estão geralmente relacionadas à produção de pigmento, como é o caso da melanose e do melasma.” relata a médica.
Manchas marrons na pele costumam ser causadas por fatores como exposição ao sol, envelhecimento, melasma, sardas, pintas, problemas hormonais e queimaduras por ácidos (como ocorre quando há exposição ao sol em uma pele com limão).
A coloração marrom das manchas varia em tom e tamanho, podendo ser planas ou ligeiramente elevadas e a exposição a radiação ultravioleta (UV) do sol já naturalmente estimula a produção de melanina na pele, e pode resultar no escurecimento das manchas, portanto, para prevenir o surgimento dessas manchas marrons, é fundamental a adoção de medidas de proteção solar, como o uso regular de protetor solar de amplo espectro com FPS adequado, vestir roupas de proteção.
As melanoses costumam ser escuras, arredondadas e surgem com o passar dos anos no corpo devido à exposição prolongada ao sol. Essas manchas nos mostram o histórico de exposição solar ao longo da vida e podem ser evitadas com o uso de roupas compridas ou bons protetores solares.
A médica ainda reforça "As melanoses, são manchas decorrentes da exposição solar, assim como as manchas senis e as efélides, também conhecidas como sardas."
As efélidas (sardas) Geralmente se manifestam na face de crianças ou jovens de pele muito clara, em sua grande maioria, mas outros fatores também podem resultar em seu aparecimento, como exposição solar em excesso, ou seja, também podem ser evitadas com o uso de protetores solares.
A doutora reforça a questão da exposição solar e falando ainda sobre a questão genética: "As efélides podem ser uma predisposição genética, mas também pioram com a exposição solar."
Manchas roxas: púrpura e equimoses
As manchas roxas na pele, também chamadas de púrpura ou equimoses, são resultados de sangramento sob a pele, geralmente associadas a contusões e hematomas causados por traumas, podendo ou não serem sensíveis, ou dolorosas ao toque. Veja o que a doutora explica sobre o assunto: “Manchas roxas na pele são geralmente secundárias ao extravasamento de sangue da pele, como quando ocorre um hematoma ou equimose após um trauma."
Estas manchas geralmente seguem um padrão de mudança de cor conforme o sangue é reabsorvido pelo organismo: inicialmente roxas ou vermelhas escuras, depois azuladas, esverdeadas e por fim amareladas antes de desaparecerem completamente. Em alguns casos, principalmente em pessoas mais idosas ou com pele mais sensível, podem deixar uma pigmentação residual marrom.
Aqui, exposição solar não costuma ser uma causa direta de manchas roxas na pele, podendo, no entanto, ser mais visíveis em áreas mais expostas ao sol devido ao contraste de cor.
As manchas roxas na pele geralmente desaparecem naturalmente ao longo do tempo à medida que o corpo reabsorve o sangue, se você deseja aliviar a dor e acelerar a recuperação, você pode aplicar compressas frias nas primeiras 48 horas após a lesão e, em seguida, aplicar compressas quentes para aumentar a circulação sanguínea na área, mas é importante ressaltar que se as manchas roxas ocorrerem sem motivo aparente ou por um período prolongado, é aconselhável consultar um médico para avaliação, já que pode ser um sinal de problemas de coagulação ou outras condições médicas.
Manchas na pele que requerem atenção médica
Algumas manchas na pele podem ser sinais de alerta para condições sérias que exigem avaliação médica imediata. O Dermaclub ressalta a importância de observar certas características que podem indicar a necessidade de consulta urgente com um dermatologista.
Ainda assim, tenha sempre em mente que nem toda mancha na pele é sinal de doença ou preocupante, isso porque é normal do corpo humano o aparecimento de manchas e pintas na pele com o avanço da idade, independente do tom de pele, já que a melanina (proteína que dá cor à nossa pele) nos protege de raios solares e não é distribuída igualitariamente pelo nosso corpo.
Melanoma: câncer de pele perigoso e sinais de alerta
O melanoma é o tipo mais agressivo de câncer de pele e pode se desenvolver a partir de pintas existentes ou surgir como novas lesões. Para identificá-lo, utilize a regra ABCDE: Assimetria, Bordas irregulares, Cor variada, Diâmetro maior que 6mm e Evolução (mudanças no tamanho, forma ou cor).
Veja o que diz nossa médica especialista Dra. Juliana sobre o assunto “Quanto às manchas perigosas, devemos pensar principalmente no melanoma. Este geralmente se apresenta como uma pinta mais escura, com assimetria. Se você dividir a pinta em quatro partes, como uma pizza, e notar que os quatro pedaços são diferentes, isso já é um sinal de alerta. Outros sinais de alerta incluem bordas irregulares, tamanho superior a 0.6 centímetros, crescimento contínuo e presença de mais de uma cor. Essas são manchas perigosas que devem ser examinadas por um profissional.” relata a dermatologista.
Caso você apresente manchas com essas características, é imprescindível a consulta com um médico.
Manchas que mudam de tamanho, forma ou cor
Alterações rápidas em manchas ou pintas existentes também podem indicar problemas sérios. Mudanças na coloração, crescimento acelerado ou alterações na textura em poucas semanas são sinais que merecem atenção médica. O mesmo vale para lesões que coçam, sangram ou não cicatrizam.
Manchas acompanhadas de outros sintomas
O surgimento de manchas na pele, quando acompanhado de outros sintomas, pode ser um sinal importante de que algo não está em equilíbrio no organismo. Além dos sinais visíveis na pele, sintomas como febre, fadiga, dores articulares ou mal-estar generalizado merecem atenção médica imediata, pois podem indicar condições que vão além de questões dermatológicas.
Algumas manchas podem aparecer junto com coceira intensa, descamação ou sensibilidade local. Em outros casos, podem estar associadas a alterações no sistema imunológico, manifestando-se simultaneamente com sintomas sistêmicos como inchaço nas articulações, alterações na temperatura corporal ou mudanças no apetite. Estas combinações de sintomas são importantes pistas para o diagnóstico correto.
Tratamentos para manchas na pele
O tratamento de manchas na pele requer uma abordagem personalizada, já que cada tipo de mancha tem suas particularidades e responde de maneira diferente às diversas opções terapêuticas disponíveis. O Dermaclub, apresenta um panorama completo das possibilidades de tratamento, desde cuidados diários até procedimentos médicos avançados.
A chave para o sucesso do tratamento está na combinação correta entre o diagnóstico preciso da causa da mancha e a escolha da melhor estratégia terapêutica. Algumas manchas podem ser tratadas com produtos específicos de uso domiciliar, enquanto outras necessitam de intervenções profissionais mais complexas. Em todos os casos, a constância e a proteção solar são fundamentais para resultados duradouros.
É importante ressaltar que não existe uma solução única ou milagrosa para todos os tipos de manchas. O tratamento bem-sucedido geralmente envolve múltiplas abordagens, incluindo o uso de produtos adequados, mudanças no estilo de vida e, quando necessário, procedimentos dermatológicos específicos. Vamos explorar as principais opções disponíveis para cada situação.
Tratamentos caseiros e mudanças no estilo de vida
A base de qualquer tratamento para manchas começa com hábitos diários adequados. Para potencializar os resultados, é importante identificar e eliminar gatilhos que possam agravar as manchas, como exposição solar excessiva, determinados alimentos e produtos irritantes. A combinação de bons hábitos de vida com produtos adequados forma a base para um tratamento efetivo e duradouro das manchas na pele.
O controle do estresse, por exemplo, é fundamental no tratamento das manchas na pele, pois níveis elevados de cortisol (hormônio do estresse) podem aumentar a produção de melanina e desencadear processos inflamatórios. Práticas como meditação, yoga, atividade física regular e uma boa rotina de sono contribuem com a redução do estresse e podem ajudar a equilibrar os hormônios e, consequentemente, melhorar a saúde da pele.
“Manchas na pele associadas ao estresse, em geral, são resultados do agravamento de condições inflamatórias da pele devido ao estresse. Por exemplo, pacientes com lesões avermelhadas de psoríase podem ver uma piora dessas manchas com o estresse. A acne e o melasma também podem se agravar com o estresse. Portanto, embora as manchas possam piorar com o estresse, ele não é o causador direto das manchas.” relata a médica Dra. Juliana
Além disso, o estresse também pode desencadear condições como aumento ou desenvolvimento de caspa, oleosidade e até mesmo dermatites. Caso desconfie de algum desses quadros, procure um médico de sua confiança.
Dermocosméticos clareadores e esfoliantes
Os dermocosméticos clareadores são considerados a primeira opção de tratamento para remover as manchas. Por isso, se você considerar o uso desses produtos, consulte seu dermatologista!
A Dra. Juliana complementa: “Para o tratamento das manchas, os dermocosméticos com ativos clareadores podem ser muito úteis. Ingredientes como ácido glicólico, niacinamida, vitamina C, retinol e tretinoína podem ajudar a clarear as manchas na pele.”
“Sobre a eficácia da esfoliação no clareamento das manchas de pele, é importante ter cautela. Por exemplo, o melasma, que é uma condição inflamatória da pele, pode piorar se a pele for muito agredida, como por meio de uma esfoliação intensa ou uso de um ácido muito forte. Portanto, não acredito que a esfoliação seja a solução para tratar as manchas, pois o problema não está na camada superficial da pele que seria removida pela esfoliação. O verdadeiro problema é a produção exagerada de pigmento pelos melanócitos. Assim, o tratamento deve focar nessa causa, e não na remoção mecânica da camada superficial da pele.” declara a especialista.
Prefira optar por produtos como o Discoloration Defense que é um sérum multicorretivo antimarcas, de uso diário, que reduz a aparência dos tipos mais comuns de marcas em todos os tons de pele. Seu poder de uniformização é tanto, que seu desempenho é incrível ainda nas condições mais complexas de tratar, como diferenças de tonalidade persistentes e marcas de acne. Com 3% de ácido tranexâmico, 1% de ácido kójico, 5% de niacinamida e 5% de HEPES, essa fórmula de última geração melhora a aparência da pele, deixando-a iluminada e com o tom uniformizado em duas semanas.
Outra opção perfeita é o Sérum Facial Mela B3 que é formulado com Melasyl™, um ingrediente patenteado pensado após 18 anos de extensas pesquisas científicas para combater a hiperpigmentação. Ele funciona interceptando o excesso de melanina, o pigmento responsável pela coloração da pele. Ao fazer isso, Melasyl™ ajuda a prevenir a formação de manchas escuras e descolorações na pele.
Em sua formulação também contém niacinamida (vitamina B3), que ajuda a fortalecer a barreira da pele e a reduzir a vermelhidão e a inflamação. Este produto é adequado para todos os tipos de pele, incluindo peles sensíveis, e pode ser usado diariamente. Portanto, se você está lutando contra manchas na pele, irregularidades de tonalidade ou marcas pós-acne, o Sérum Facial Mela B3 da La Roche-Posay pode ser o produto ideal para você.
Tratamentos médicos: laser, peelings e medicamentos
Os tratamentos médicos para manchas na pele são procedimentos avançados que devem ser realizados exclusivamente por dermatologistas. Os peelings químicos promovem a renovação celular controlada através de ácidos específicos para cada tipo de mancha e tom de pele. Já os lasers atuam de forma precisa, permitindo tratar desde manchas superficiais até lesões mais profundas, com diferentes tecnologias para cada necessidade.
Para manchas hormonais, como o melasma, podem ser necessários medicamentos orais que regulam a produção de melanina, sempre sob prescrição médica. Em casos de manchas relacionadas a condições autoimunes ou inflamatórias, o dermatologista pode recomendar medicamentos específicos que tratam a causa base do problema, como imunomoduladores ou anti-inflamatórios.
O sucesso do tratamento depende da escolha correta da combinação terapêutica. Por isso, o Dermaclub ressalta a importância da avaliação médica para determinar a melhor estratégia, que pode incluir diferentes procedimentos e produtos de skincare potencializando os resultados obtidos em consultório.
Prevenção de manchas na pele
A prevenção é sempre o melhor caminho quando falamos de manchas na pele, pois tratar uma mancha já estabelecida exige mais tempo, dedicação e investimento. O Dermaclub, junto a dermatologistas especialistas, enfatiza que a prevenção eficaz combina proteção diária com hábitos saudáveis que preservam a integridade da pele.
Proteção solar diária: a chave para prevenir manchas
“Para tratar manchas na pele, a primeira medida é a prevenção, que inclui o uso e reaplicação regular de filtro solar ao longo do dia. Recomendo aplicar uma quantidade generosa de protetor solar pela manhã - se for um protetor solar fluido, use a regra dos três dedos, passando três linhas do produto nos dedos e espalhando no rosto. É importante reaplicar o protetor solar no horário do almoço e novamente à tarde.
Outra medida importante para prevenir manchas é evitar a exposição solar excessiva, usando chapéu, boné, viseira e óculos de sol, além da aplicação e reaplicação do filtro solar.”
O protetor solar é a ferramenta mais importante na prevenção de manchas. Deve ser aplicado diariamente, mesmo em dias nublados ou em ambientes fechados, pois a radiação UV atravessa nuvens e janelas. O Dermaclub recomenda produtos de amplo espectro (UVA/UVB) com FPS adequado ao seu tipo de pele.
Podemos destacar aqui dois produtos revolucionários: o Capital Soleil UV-Clear FPS60, ideal para peles oleosas e acneicas, e o Anthelios UVMune 400, perfeito para quem busca proteção máxima contra o fotoenvelhecimento.
O UV-Clear se destaca pela tecnologia Netlock DRY™, que oferece uma longa duração e alta resistência. Agregado de uma textura aqua-fluida de rápida absorção e acabamento invisível. Além da proteção solar, sua fórmula com Niacinamida e Ácido Salicílico controla a oleosidade por até 12 horas e combate imperfeições causadas pela acne, sendo um verdadeiro tratamento 2 em 1.
Já o Anthelios UVMune 400 representa o que há de mais avançado em fotoproteção, com o exclusivo filtro Mexoryl 400, que protege contra os raios UVA mais profundos. Com FPS 60, oferece proteção completa contra UVB além de proteger contra UVA e infravermelhos, prevenindo rugas, manchas e vermelhidão. Sua fórmula ainda é muito resistente à água e suor, sendo ideal desde o uso no dia a dia até para práticas esportivas.
Cuidados com a pele: limpeza, hidratação e esfoliação
Uma rotina de skincare bem estruturada é essencial para manter a pele saudável e resistente. A limpeza adequada remove impurezas que podem irritar a pele, a hidratação mantém a barreira cutânea fortalecida, e a esfoliação suave promove a renovação celular controlada. O segredo está na constância e no uso de produtos adequados para seu tipo de pele.
A escolha dos produtos certos faz toda diferença nos resultados. Para a limpeza, opte por produtos que respeitam o pH da pele; na hidratação, busque ativos que fortaleçam a barreira cutânea; e para esfoliação, prefira produtos com ácidos suaves que promovam renovação celular sem agredir a pele. O Dermaclub oferece opções dermatologicamente testadas das melhores marcas do mercado.
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*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Publicada em: 02 de Fevereiro de 2016
Modificada em: 18 de Novembro de 2024