Sentir uma coceira na pele pode significar muitas coisas. Além do sintoma ser comum de uma alergia simples, também existe a probabilidade de ser uma micose ou dermatite atópica. Por outro lado, existem muitas outras características que diferenciam essas três doenças de pele. O DermaClub entrevistou a dermatologista Carolina Marçon que explicou uma maneira fácil de como distinguir essas complicações. Dá só uma olhada!
Diferenças entre alergia, micose e dermatite atópica
Dermatite atópica: “É uma condição cutânea geneticamente determinada, na qual acontece uma alteração de função de barreira da pele”, explicou. Ocorre uma perda de água transepidérmica com maior frequência, e com a falta de proteção, a dermatite acaba dando seus primeiros sinais. Ela costuma acontecer na infância, mas também pode se prolongar para a vida adulta. Essa condição clínica, está diretamente ligada ao desequilíbrio dos microrganismos que estão presentes na pele.
Micose: é uma infecção fúngica na pele que pode acontecer em várias regiões da pele. Existem vários tipos de micose e elas costumam aparecer mais no verão, já que o clima quente favorece a proliferação dos fungos.
Alergia: “Também é conhecida como dermatite de contato, que acontece quando a pele reage a um produto ou objeto que entra em contato direto com a região, como o uso de um dermocosmético, esmalte, bijuteria, etc”, alertou a médica.
Quais são os principais sinais que cada um dos problemas apresenta?
Dermatite atópica: muita coceira, ressecamento, risco de infecção e agravamento do quadro. É mais comum nas regiões de dobras, como no cotovelo e joelho.
Micose: é uma lesão arredondada que tem bordas e vai crescendo de dentro para fora. Elas podem ser brancas, na extensão do corpo, ou mais escamosas e com formação de bolhas, na região dos pés.
Alergia: coceira, bolinhas vermelhas e irritação na região que foi afetada.
Como funciona o tratamento para cada quadro?
Dermatite atópica: a Drª Carolina diz que o melhor remédio para esse problema é evitar banhos quentes, hidratar a pele com dermocosméticos que ajudam a reforçar a barreira da pele, não usar bucha, usar sabonetes neutros e não usar produtos com perfume. Como tratamento, é comum utilizar algum anti-inflamatório de uso tópico receitado pelo dermatologista.
Micose: o tratamento é feito com antifúngicos de uso tópico nas micoses mais simples e orais nas lesões mais graves. Também é bom evitar o uso de roupa molhada e apostar em sapatos abertos.
Alergia: Suspender o uso ou afastar o agente que está causando essa reação na pele para que não ocorra mais essa alergia. Para tratar as lesões que são formadas, a dermatologista recomenda o uso tópico de corticóide e anti-inflamatório oral.
*Os dermatologistas especialistas são consultados como fontes jornalísticas e não se utilizam deste espaço para a promoção de qualquer produto ou marca. Para saber qual é o tratamento ideal para a sua pele, consulte um dermatologista da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Publicada em: 02 de Outubro de 2020
Modificada em: 02 de Outubro de 2020

Palavra do Dermatologista
Dra. Carolina Reato Marçon
CRM: 113.379
Especialização em Clínica Médica e Dermatologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Médica Colaboradora do Setor de Dermatologia da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Coordenadora do Programa Pró-Albino; Fellowship em Cosmiatria - Dr. Zoe Draelos, Carolina do Norte - EUA; Fellowship em Tricologia - Universidade de Bolonha, Itália - Prof. Antonella Tosti; Fellowship em Dermatoscopia e Microscopia Confocal - Universidade de Modena / Reggio Emilia, Itália; Membro Titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, da Academia Americana de Dermatologia e do Colégio Ibero-Latinoamericano de Dermatologia
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